Toda organização estabelece uma relação de comunicação com seus públicos a fim de fidelizá-los e, assim, preservar sua existência. Zero Hora (ZH), enquanto organização, do mesmo modo necessita conquistar a credibilidade de seus públicos e, para isso, age estrategicamente falando de si em Cartas do Editor . O foco de análise são as operações auto-referenciais pelas quais a enunciação da organização midiática indica valores de sua cultura, discursivizando seus modos de ser, pensar e agir. A discursivização da cultura organizacional pela estratégia auto-referencial é uma escolha do enunciador operada com o intuito de produzir efeitos de imagem sobre si. A partir destas considerações, foi-se em busca de desvendar como se dá o processo de significação do discurso da cultura organizacional em Cartas do Editor de Zero Hora a partir da análise dos discursos verbais e icônicos sob a perspectiva semiológica. Observou-se que os principais valores agenciados foram os de credibilidade, qualidade e responsabilidade com fins de produzir efeitos de sentido de imagem sobre si.