É rap, é roupa! moda hip-hop: iguais e diferentes
Fecha
2013-12-19Metadatos
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Busca-se, na presente pesquisa, a realização de uma investigação teórica e empírica que contemple as interações entre moda e música hip-hop. Tomamos como objetivo geral a investigação das tensões e interações existentes no processo de consumo da moda e da música hip-hop em sua relação com a formação identitária dos sujeitos. Como objetivos específicos, destacamos: 1) análise das representações e significações da moda na musica hip-hop; 2) identificação das motivações dos sujeitos da periferia na apropriação do estilo hip-hop; 3) entendimento das tensões de valores manifestados por esses sujeitos, a partir da adoção dessa experiência estética e musical; 4) compreensão do papel dessa experiência estética na formação e expressão da identidade dos sujeitos de periferia. Assim, caminharemos amparados teoricamente pelos Estudos Culturais, além de dialogarmos com autores que estudam a moda como comunicação, como Malcolm Barnard (2003) e com teóricos que abordam o conceito de consumo cultural, como García-Canclíni (1999), Isherwood e Douglas (2006), e McCracken (2003). Nos concentramos também nas noções de sujeito, atores sociais e novos movimentos sociais, de Alain Touraine (2009). As etapas metodológicas utilizadas são: pesquisa bibliográfica; pesquisa documental; pesquisa de campo; análise de conteúdo em quinze letras de raps nacionais que explicitam algumas relações entre consumo de moda e identidade e a realização de entrevistas semiestruturadas. Para essa última etapa, tomam-se como sujeitos de pesquisa quatro atores sociais pertencentes a pelo menos um dos quatro elementos da cultura hip-hop na cidade de Santa Maria. Conseguimos, assim, uma aproximação dos sistemas de moda das teorias comunicacionais contraculturais, reforçando o caráter contestatório dos mesmos e fornecendo uma base que nos mostra ser possível uma redução da comum visão superficial e fútil quando se trata da moda (principalmente como ciência), indicando-nos um caminho para as suas possibilidades comunicacionais politizadas, contestadoras e democráticas.