Genotoxicidade e equoterapia no controle postural de portadores de esclerose múltipla
Fecha
2011-03-03Segundo membro da banca
David, Ana Cristina de
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Introdução: A Esclerose Múltipla (EM) é uma neuropatologia crônica caracterizada pela infiltração de células inflamatórias no Sistema Nervoso Central (SNC). Alguns estudos tem sugerido que danos cumulativos ao DNA, induzidos pelo acúmulo de espécies reativas de oxigênio (EROs), possam contribuir para vários mecanismos subjacentes às lesões da EM. Em decorrência das disfunções observadas em diferentes estruturas do SNC, as alterações no controle postural são observações frequentes em portadores de EM. Neste sentido, estudos tem evidenciado que intervenções terapêuticas, como a equoterapia, tem potencial para reduzir muitas das deficiências observadas na EM. Objetivos: 1) Verificar os índices de dano ao DNA de portadores de EM, 2) Verificar a relação entre os índices de danos ao DNA e parâmetros do controle postural de portadores de EM, e 3) Verificar se a Equoterapia é capaz de desencadear alterações no controle postural de portadores de EM. Método: Foram incluídos no estudo 14 portadores de EM com idade média de 40,7±8,3 anos e 28 controles saudáveis com idade 35,10±15,3 anos. O dano ao DNA foi avaliado através da versão alcalina do ensaio cometa. O controle postural foi avaliado pela estabilometria, durante 30 segundos, em postura quieta. Resultados: Portadores de EM apresentaram maior índice de dano de DNA (21,3±4,8) do que controle saudáveis (7,9±6,1) com p=0,0001. Não foram encontradas associações entre os índices de dano ao DNA e os parâmetros do controle postural. Após a estimulação da equoterapia os sujeitos com EM foram capazes de reduzir as oscilações corporais. Conclusão: Portadores de EM apresentam maior dano ao DNA do que controles saudáveis. A estimulação proporcionada pela equoterapia foi capaz de desencadear alterações favoráveis no controle postural de portadores de EM, podendo ser indicada como uma prática terapêutica eficiente para esta população.