Estabilidade do centro de força corporal e tempos máximos de fonação, pressão sonora e espectrografias vocais de sujeitos do sexo feminino
Resumo
Objetivo: Verificar a relação entre a ativação da musculatura que compõe o centro de
força (CF) do corpo e as características vocais de indivíduos adultos do sexo feminino,
relacionadas aos tempos máximos de fonação (TMF), pressão sonora (PS) e características
vocais acústicas espectrográficas. Métodos: Estudo transversal observacional analítico
quantitativo. Amostra composta por dez mulheres em idade fértil de 19 a 28 anos sem queixas
vocais e sem afecções laríngeas diagnosticadas por otorrinolaringologista. Coleta do TMF/a/,
da PS, avaliação da pressão expiratória máxima e da ativação dos músculos transverso,
multifido e assoalho pélvico. Espectrografias vocais realizadas pelo programa Real Time
Spectrogram (Kay Pentax®) e analisadas por juízes. Foram utilizados os testes de Kappa e
Sperman a 5%. Resultados: ativação satisfatória do transverso do abdome em todos os
sujeitos; correlação positiva não significativa entre a PS, TMF e os valores de Pemáx.;
maioria das mulheres com TMF/a/ discretamente abaixo do esperado e PS com valores dentro
do esperado e com ativação satisfatória do multífido, musculatura do assoalho pélvico e
escala de Oxford, com correlação positiva, mas não significativa. Correlação positiva
significativa entre a Pemáx. e a definição do segundo formante; correlação positiva
significativa entre as medidas de avaliação do assoalho pélvico e a regularidade do traçado
espectrográfico. Houve ainda uma correlação inversa significativa entre a ativação do
multífido e a largura do segundo formante. Conclusões: Não foi verificada relação entre a
ativação da musculatura que compõe o CF corporal, os TMF e a PS, embora a maioria das
mulheres tenha apresentado ativação muscular satisfatória ao mesmo tempo em que
apresentou valores discretamente abaixo da normalidade para TMF e normais para PS.
Verificou-se correlação entre as medidas de avaliação do assoalho pélvico e a regularidade do
traçado espectrográfico, mostrando que, quanto mais ativada essa musculatura, mais regular é
o traçado e correlação inversa entre a largura de F2 e a ativação dos multífidos, mostrando
que houve relação entre a ativação da musculatura que compõe o CF e as características
vocais acústicas espectrográficas.