Efeito da prática musical no processamento auditivo em escolares de sete a 14 anos de idade
Fecha
2006-12-21Metadatos
Mostrar el registro completo del ítemResumen
Sabe-se que a compreensão da fala é essencial para uma comunicação normal e é dependente das habilidades auditivas. Tais habilidades, entre outras, fundamentais
para a compreensão da informação acústica, dependem da habilidade perceptiva dos sons e da capacidade individual de cada pessoa. A capacidade de interpretação acústica pode ser aprimorada pelo treinamento auditivo através da música. A música desempenha um papel importante na educação em geral, pois é por meio dela que se treina a percepção e a discriminação dos mais variados sons (Benenzon, 1985). O objetivo desta pesquisa é comparar os resultados da avaliação do processamento auditivo de dois grupos de escolares: um com experiência musical e, outro, sem
experiência, ambos formados por 15 participantes. Todas eles foram submetidos à anamnese, inspeção visual do meato acústico externo (MAE), avaliação audiológica básica (audiometria tonal liminar-ATL, limiar de reconhecimento de fala-LRF, índice percentual de reconhecimento de fala-IPRF e medidas de imitância acústica-MIA) e avaliação do processamento auditivo (Staggered spondaic words-SSW, fala no ruído, Pitch pattern sequence-PPS e Duration pattern sequence-DPS). Os resultados da avaliação do processamento auditivo foram submetidos à análise estatística
através do Teste Não-Paramétrico de Kruskal-Wallis. O nível de rejeição para a hipótese de nulidade foi fixado em um valor menor ou igual a 5% (p < 0,05). Os seguintes resultados foram obtidos: em relação aos testes SSW e fala no ruído, o
grupo de escolares com experiência musical (ECEM) apresentou valores superiores, porém não estatisticamente significantes, quando analisadas as orelhas avaliadas. Em relação ao teste DPS, o mesmo ocorreu, porém foi incluída a forma de resposta dos escolares (murmúrio ou nomeação). Já para o teste PPS, o grupo de ECEM apresentou resultados melhores, estatisticamente significantes, tanto para análise
das orelhas avaliadas, quanto para a forma de resposta dos escolares. Ainda, como resultados, observa-se em todos os testes aplicados, que as respostas do grupo de ECEM foram melhores e mais claras, de modo que os resultados qualitativos
diferiram significativamente dos resultados do grupo de escolares sem experiência musical (ESEM). Concluí-se que os resultados da avaliação do processamento auditivo do grupo de ECEM foram superiores aos resultados do grupo de ESEM.