Estresse de enfermeiros em unidade de hemodinâmica
Fecha
2009-12-11Metadatos
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Trata-se de um estudo transversal, do tipo survey com abordagem quantitativa, que tem como objetivo avaliar a relação entre o estresse e os sintomas apresentados pelos enfermeiros que atuam em Unidades de Hemodinâmica (UHD) do Rio Grande do Sul. Os dados foram coletados por meio um questionário, para a identificação dos enfermeiros e de aspectos relacionados ao seu trabalho (parte I). A parte II do instrumento foi composta por duas escalas tipo Likert (Escala de Estressores e Escala de sintomas apresentados pelos enfermeiros) e questões sobre hábitos sociais. Para a análise dos dados foi utilizado o programa Statistical Package for the Social Sciences (SPSS), sendo que os resultados foram considerados estatisticamente significativos se p < 0,05, com intervalo de 95% de confiança. A população constituiu-se de 63 enfermeiros com predomínio do sexo feminino (90,5%) e idade média de 35,24(±8,21) anos. A maioria dos enfermeiros era assistencial (55,6%), trabalhava em instituições privadas (77,4%), cursou pós-graduação (77,8%) e não possuía outro emprego (77,8%). Eles apresentaram tempo de formação entre um a dez anos (61,9%) e, 65,1% dos enfermeiros trabalhavam a menos de cinco anos em UHD. Pôde-se constatar que a maioria dos enfermeiros recebeu treinamento para atuar na UHD (58,73%), não fazia esforço para ir trabalhar (85,71%), estava satisfeita com o trabalho (85,71%), não considerava o dia de trabalho interminável (84,13%) e não tinha vontade de mudar de profissão (90,48%). Quanto ao estresse, 52,4% dos enfermeiros obtiveram escores entre 1,11 e 1,97, classificados com médio estresse, sendo que os domínios com maiores médias foram: situações críticas (1,63±0,29), seguido de conflito de funções (1,58±0,38), e sobrecarga de trabalho (1,56±0,36). As variáveis que atingiram maiores médias foram: sobrecarga de trabalho (2,34±0,84); ter subordinados pouco competentes (2,31±1,16); intermediar os conflitos entre áreas, setores e unidades (2,23±0,34); pressões quanto ao tempo (2,18±1,18); implementar decisões importantes (2,17±0,98). Em relação aos sintomas, o domínio alterações músculo-esqueléticas apresentou maior média (1,39±0,94), seguido de alterações no sono e repouso (1,01±0,88). Dentre as variáveis destaca-se: dores na zona lombar (1,86±1,33); dores na nuca ou zona cervical (1,78±1,30); necessidade excessiva de dormir (1,59±1,34); cefaleia (1,56±1,16); dores musculares (1,48±1,12). Neste estudo, verificou-se correlação positiva alta estatisticamente significativa entre estresse e sintomas apresentados pelos enfermeiros (r=0,629;p<0,001). Dessa maneira conclui-se que o estresse está diretamente relacionado aos sintomas apresentados.