Cultura de segurança do paciente: percepções e atitudes dos trabalhadores nas instituições hospitalares de Santa Maria
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2015-02-27Metadatos
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A cultura de segurança do paciente é um componente fundamental para a qualidade dos serviços de saúde. Este estudo objetiva analisar as atitudes e percepções dos profissionais que atuam direta ou indiretamente no cuidado ao paciente hospitalizado, acerca da cultura de segurança do paciente. Trata-se de um estudo transversal, realizado em 2014, com profissionais da área da saúde e dos serviços de apoio de sete instituições hospitalares de Santa Maria, Rio Grande do Sul, Brasil. Como instrumento de pesquisa, utilizou-se a versão brasileira do Questionário de Atitudes de Segurança (SAQ) e questões sóciodemogáficas e laborais dos trabalhadores. Os dados foram organizados no programa Epiinfo 6.04®, com dupla digitação independente. Após a correção de erros e inconsistências, realizou-se a análise no programa PASW Statistic®, utilizando-se da estatística descritiva e analítica. O ponto de corte para avaliação positiva da cultura de segurança foi ≥ 75 pontos. O SAQ foi mensurado pela pontuação total e pelos seus seis domínios. Como resultados, participaram do estudo 2.634 profissionais, com predomínio do gênero feminino (72,6%), com idade entre 19 e 38 anos (50,9%), atuantes em turnos mistos (45,1%), em contato com os pacientes (71,6%), que não possuíam outro emprego (79,9%) e não faziam horas extras (66,2%). A consistência interna do SAQ foi 0,90. O escore total do SAQ variou entre 13,9 e 97,9, com mediana de 70,1 e média de 68,4 (±13,4). Evidenciou-se avaliação positiva nos domínios Clima de trabalho em equipe e Satisfação no trabalho, com mediana de 75 e 90 respectivamente, indicando que, por mais que existam dificuldades nos ambientes de trabalho, os profissionais manifestaram o gosto pelo que fazem, valorizaram os colegas e o setor em que trabalhavam. Os demais domínios apresentaram avaliação negativa para a cultura de segurança (<75). O domínio Percepção de Gerência do Hospital obteve o resultado mais baixo (mediana 60). Ao serem comparadas as duas categorias profissionais (saúde e apoio), identificou-se pouca variabilidade na avaliação dos domínios, embora os profissionais do apoio tendam a escores mais baixos. Os resultados apresentados não devem ser analisados isoladamente, mas como subsídios para a implementação de iniciativas de melhorias, a fim de aprimorar a qualidade da atenção ao paciente e aos profissionais.