Histórico do Campus e as patologias das fachadas dos prédios voltados para a Avenida Roraima - UFSM
Resumo
O estudo das manifestações patológicas em edificações adquire cada vez mais importância, principalmente quando se trata de bens passíveis de tombamento. A Universidade Federal de Santa Maria surge em um contexto histórico de interiorização do ensino superior em nosso país, na década de 60. O reflexo dessa intenção foi a elaboração de um Plano Diretor o qual foi parcialmente implantado no decorrer dos anos. Aspecto importante diz respeito ao patrimônio arquitetônico e cultural representado pelo Campus, que abrange a Cidade Universitária Prof. José Mariano da Rocha Filho, o único conjunto urbano representativo do Movimento Moderno em Santa Maria e até em nível de Brasil, e que vem paulatinamente sendo descaracterizado. Este trabalho trata das patologias envolvidas na deterioração das fachadas das edificações voltadas para a Avenida Roraima, o principal acesso ao Campus e eixo ordenador do Plano Diretor original e que são as mais degradadas. Somente conhecendo os fatores que incidem sobre estas edificações, as quais se encontram no imaginário dos santa-marienses, se pode planejar a sua manutenção, premissa que baseou o trabalho. Para tanto foram realizados levantamentos de campo para a obtenção de um panorama geral dos processos patológicos envolvidos na degradação das edificações, estudando suas manifestações e inter-relações, através de tabulação dos dados. Verificou-se que grande parte das patologias é superficial, evidenciando a negligência e a falta de manutenção preventiva das edificações.