Estudo da erodibilidade de solos e rochas de uma voçoroca em São Valentim, RS
Fecha
2011-08-12Metadatos
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A pesquisa, da qual resulta esta dissertação de mestrado, se desenvolveu em uma voçoroca,
conhecida como Buraco Fundo localizada no município de Santa Maria/RS. O objetivo
principal foi o estudo da erodibilidade dos solos superficiais (horizonte A/B) e do substrato
rochoso (rocha alterada, siltito e arenito) de um perfil típico da área da voçoroca. A
metodologia aplicada neste estudo consistiu no levantamento bibliográfico, investigação de
campo, ensaios de caracterização e de avaliação indireta (ensaios de desagregação,
infiltrabilidade e perda por imersão) e direta (Inderbitzen), e comparação com a proposta de
Bastos (1999) para estimativa da erodibilidade de solos não saturados na região de Porto
Alegre. Os resultados obtidos na avaliação indireta da erodibilidade através da estimativa
do fator de erodibilidade (KUSLE), da avaliação do potencial de desagregação dos solos e dos
critérios baseados na metodologia MCT são os seguintes: para o solo do horizonte A/B bem
como o de rocha alterada o fator KUSLE situou-se entre 0,20 e 0,30, sendo estes classificados
como de média erodibilidade; para as camadas de siltito e de arenito este parâmetro situou-se
entre 0,30 e 0,54, caracterizando-as como materiais de média a alta erodibilidade. Os ensaios
de desagregação mostraram a menor resistência do arenito frente à inundação, devido à sua
baixa cimentação. Os resultados dos ensaios baseados na Metodologia MCT destacam a maior
susceptibilidade à erosão da camada de arenito em relação aos outros materiais. Na avaliação
direta da erodibilidade, através do ensaio de Inderbitzen, o arenito apresentou-se mais
erodível (K=0,045), principalmente nas amostras secas ao ar. Conforme a proposta de
abordagem geotécnica de Bastos (1999), o parâmetro K na umidade natural, ambas as
camadas foram classificadas como de média a baixa erodibilidade. O resultado do coeficiente
de erodibilidade KUSLE apresentou-se coerente com abordagem proposta pelo autor (KUSLE
>0,20), sendo o arenito a camada mais erodível. Com a análise da Pp,200, verificou-se que o
arenito é a camada mais erodível das estudadas. Quanto ao índice de plasticidade (IP), razão
de dispersão (RD) e através da análise do parâmetro Δc, a tendência proposta por Bastos não
foi verificada no trabalho. Os parâmetros apresentados na proposta de Bastos (1999), que
tiveram melhor desempenho foram a Pp,200, o fator KUSLE e o critério de erodibilidade da
Metodologia MCT.