Análise do desempenho entre os fundos de investimentos imobiliários e o investimento direto em imóveis
Abstract
A estabilidade econômica, após o início do Plano Real, aliada as mudanças nas políticas e diretrizes do mercado imobiliário brasileiro, permitiu a criação de novos produtos, dentre eles os securitizados. Isso fez com que aumentasse os empreendimentos no setor, desde investimentos em imóveis, até aplicações em cotas no mercado de capitais, destacando-se neste meio, os Fundos de Investimentos Imobiliários (FIIs). Porém, após a tranquilidade da última década, o mercado imobiliário não progrediu em 2014, demonstrando um crescimento abaixo da inflação. Por isso, a importância de se realizar uma análise apurada sobre o desempenho financeiro tanto dos FIIs quanto do investimento direto em imóveis por meio do IGMI-C, bem como o estudo do risco e retorno de tais investimentos. Com o intuito de atingir os objetivos propostos, foram utilizados indicadores referenciados na literatura de finanças (Índice de Sharpe, Índice de Sortino, Índice de Treynor, Alfa de Jensen, e Índice de Modigliani e Modigliani) assim como o Modelo de Precificação de Ativos e suas devidas regressões para a análise do risco e retorno. Os dados coletados são classificados como secundários, abrangeram o período de janeiro de 2013 a dezembro de 2015 e os mesmos foram obtidos por meio dos sites da BM&FBOVESPA, FGV, BACEN e FIPE. Como resultados, pode-se observar que o IGMI-C obteve o melhor desempenho no período amostral estudado, sendo que dentre os FIIs analisados individualmente, bem como a média dos mesmos e os índices do mercado imobiliário; o IGMI-C demonstrou ser o mais indicado,representando que seria mais vantajoso o investimento direto em imóveis que em cotas dos FIIs.