Inclusão de alunos com déficit cognitivo: contribuições da sala de recursos e suas metodologias para as adaptações curriculares
Abstract
A Educação Inclusiva trouxe inúmeras reflexões, discussões e buscou criar situações que nos fazem perceber o quanto ainda é necessário aprender a respeitar as diferenças dos os alunos, pois muitos deles, mesmo em sala de aula, continuam excluídos. Para isso, é preciso tentar encontrar soluções e metodologias mais adequadas para que todos tenham chance de aprender, buscando atender às necessidades de cada um. Isso é o que buscam ações legislativas construídas a partir da assinatura e do comprometimento do Brasil com a Declaração de Salamanca e outras Declarações. Assim, uma escola de qualidade, com atendimento especializado garantindo aos alunos - através de uma sala de recursos multifuncionais e com professores capacitados com materiais didático-pedagógicos - é o suporte necessário para atender às suas individualidades e para que todos os professores da sala comum consigam proporcionar o acesso ao conhecimento em um ambiente rico em estímulos para futuro enfrentamento do cotidiano. Esse atendimento deverá ser individual ou em pequenos grupos, em horário inverso ao das classes comuns onde o aluno está matriculado. O professor da sala de recursos deve preparar-se para atender cada um, de acordo com suas necessidades especiais, proporcionando condições de o próprio educando executar todo tipo de trabalho possível, começando do mais simples para o mais complexo e adotando estratégias que o motivem a realizar as tarefas para que tenha melhor aproveitamento. Esse espaço para atendimento educacional especializado pode atender alunos com deficiência, altas habilidades/superdotação, hiperatividade, déficit de atenção, déficit cognitivo ou outras necessidades educacionais especiais. Dependendo do caso, são necessárias ajudas técnicas ou equipamentos e também a atuação conjunta, pois a inclusão é um desafio de todos e não apenas do professor da sala de recursos. Os dados obtidos na Pesquisa de Campo refletem que é muito difícil ter aluno com déficit cognitivo em sala de aula, visto que todas as entrevistadas consideram-se despreparadas para atuar com alunos com necessidades educacionais especiais. Além do mais, os referidos alunos necessitam de que a escola ofereça sala de recursos e ampla maioria das escolas não dispõe desse atendimento. Mesmo dispondo da referida sala é de suma importância que o professor que trabalhe nela seja qualificado e capacitado para o trabalho, o qual deverá ser em consonância com a da professora da turma.