Extração de óleo da polpa de abacate utilizando gás liquefeito de petróleo pressurizado e dióxido de carbono supercrítico como solventes
Resumo
Neste trabalho, dois diferentes solventes foram utilizados para a extração, dióxido de carbono (CO2) no estado supercrítico e gás liquefeito de petróleo (GLP) pressurizado. A finalidade do trabalho foi extrair o óleo da polpa de abacate seca, comparando esses dois solventes com relação ao rendimento da extração, o tempo no qual o processo ocorre, a adequação do ajuste do modelo proposto às cinéticas plotadas e à qualidade do óleo obtido, sendo o último avaliado por meio da análise da atividade antioxidante e da análise em cromatografia gasosa acoplada ao espectrômetro de massas. Foram utilizados dois planejamentos experimentais, um para cada solvente, tendo como variáveis a pressão e a temperatura, com dois níveis (-1 e +1) e triplicata do ponto central (2²+3 ponto central), tendo como resposta o rendimento na extração de óleo. A construção dos perfis cinéticos de extração também foi nas condições de pressão e temperatura estabelecidas no planejamento, sendo que para a extração com CO2 supercrítico a pressão variou na faixa de 15 a 25 MPa e a temperatura variou entre 313 a 353 K. Já para a extração com GLP pressurizado, a pressão e temperatura variaram na faixa de 0,5 a 2,5 MPa e 293 e 313 K, respectivamente. Foi possível observar redução significativa no tempo de extração utilizando GLP como solvente quando comparado com CO2, e ainda um melhor rendimento na extração (57,95%) para o GLP e (39,76%) para o CO2 em suas melhores condições de extração testadas. Com relação à modelagem, pode-se observar a adequação do modelo de Sovová aos perfis cinéticos de extração, por meio do ajuste e dos parâmetros cinéticos obtidos.