Rotas turísticas no Rio Grande do Sul: influências das políticas públicas, disparidades regionais e ambientes institucionais
Resumo
O Brasil por suas características continentais conduz a que as atividades econômicas
considerem as diferenças regionais, portanto, a atividade turística deve se adaptar a estas
diferenças. Este trabalho aborda a questão histórica relacionada ao turismo, o ambiente
institucional envolvido no processo de desenvolvimento da atividade turística, o
direcionamento da Regionalização, da Gestão Descentralizada além das políticas de
turismo rural, que influenciam para que as rotas turísticas em estudo têm esse perfil.
Esta pesquisa busca analisar as influências das políticas públicas, disparidades regionais
e ambientes institucionais na implantação de rotas turísticas no Rio Grande do Sul.
Assim, a importância de conhecer os diversos atores envolvidos e o estudo das
instituições e órgãos responsáveis pelo desenvolvimento da atividade turística no País
(em nível nacional, estadual e municipal). Como estudo de caso foram selecionadas
quatro rotas turísticas, sendo que cada uma representa a realidade socioeconômica de
uma região do Rio Grande do Sul: Rota Uva e Vinho (Região Nordeste mais rica),
Rota Campos de Cima da Serra (Norte, mas próxima à Região Nordeste), Rota Missões
(Norte e um pouco da Sul) e Rota Caminho Farroupilha (Metade Sul). A Rota Uva e
Vinho é administrada pela Associação de Turismo da Serra Nordeste (ATUASERRA -
fundada em 1985), a Rota Campos de Cima da Serra tem como instância responsável o
Consórcio de Desenvolvimento Sustentável da Região dos Campos de Cima da Serra
(CONDESUS CCS - criada em 2001), a Rota Missões têm a Fundação dos Municípios
das Missões (FUNMISSÕES - fundada em 2001) e a Rota Caminho Farroupilha tem o
trabalho realizado pelo Grupo Gestor da Rota Caminho Farroupilha - Costa Doce e
Pampa Gaúcho formado pela Agência de Desenvolvimento do Turismo na Costa
Doce (AD Costa Doce - fundada em 2005) e Agência de Desenvolvimento do Turismo
no Pampa Gaúcho (ADETUR Pampa Gaúcho - fundada em 2007). Com essas quatro
rotas turísticas, englobando as diversas realidades socioeconômicas existentes no
Estado, pode-se atingir os objetivos propostos e chegar a conclusões. As desigualdades
regionais, as mudanças até mesmo abruptas das políticas públicas e direcionamentos
voltados ao turismo, a insegurança causada por essas oscilações e a falta de capacitação
dos atores envolvidos, afetam o bom andamento e a continuidade dos planos e
programas de turismo bem como o efetivo sucesso e cumprimento das metas
estabelecidas neles.