O lugar das ocupantes no mercado de trabalho de Santa Maria/RS em 2004
Fecha
2006-01-12Metadatos
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Este estudo constitui-se em uma análise do mercado de trabalho de Santa Maria/RS a partir da interpretação de tabelas sobre as oportunidades de emprego oferecidas pelo SINE, publicadas no jornal Diário de Santa Maria, durante o ano de 2004. O foco central é refletir acerca dos dados que possibilitam analisar como o mercado de trabalho posiciona mulheres e homens em ocupações que são definidas historicamente enquanto campo de atuação distinto. Assim, teci relações entre a Geografia, o gênero e o mercado de trabalho. O referencial teórico, bem como as análises efetuadas a partir dos dados construídos, está apoiado em leituras de autoras/es como Louro (1997), Scott (1995), Meyer (2003), Perrot (1998), Rossini (2002), entre tantos/as outras/os que inspiraram este estudo. Na construção do material empírico, vali-me de uma estratégia multimedológica. À medida que barreiras dificultavam a realização da pesquisa, essas foram encaminhando-se para estabelecer novos limites para o objeto de estudo. Algumas foram convidadas a entrar, outras fizeram-se presentes sem pedir licença, e algumas outras estão apenas subentendidas na construção dos focos de análise. O modo de amarrações finais estabelecidas e as análises empreendidas com relação a posições da mulher no mercado de trabalho, em Santa Maria/RS, apresentam-se em três focos, estabelecendo relações entre o gênero e a
escolaridade, o gênero e as cuidadoras sociais e o gênero e as qualificações, permitindo, também, demonstrar que é possível perceber que a história da cidade favorece a
consolidação das atividades econômicas e a configuração das oportunidades oferecidas às mulheres pelo mercado de trabalho. Através desses focos, observei a permanência do
endereçamento das oportunidades de trabalho entre o gênero, o qual vai sempre permitindo uma divisão entre os sexos. Para os homens, as ofertas de emprego são maiores, tanto na quantidade como nas variedades de oportunidades. As mulheres continuam sendo chamadas para ocupações que, ainda, apresentam forte vinculação com atividades
desempenhadas no espaço doméstico, mesmo que elas tenham, atualmente, uma maior inserção e numericamente mais oportunidades do que no passado. Os lugares ocupados
pelo gênero continuam divididos, gerando segregações sociais, econômicas e culturais entre eles.