A inserção econômica internacional e a vulnerabilidade externa do Brasil e da Argentina (1990-1999)
Fecha
2008-08-29Metadatos
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Este estudo analisa a inserção econômica internacional do Brasil e da Argentina, no período de 1990-1999, e avalia a vulnerabilidade externa dos dois países. A partir da evolução dos fluxos da balança comercial (coeficiente de abertura), da balança de serviços e de capitais, é feita a análise da inserção econômica internacional. Com a análise do déficit em conta corrente, da forma com que ele é financiado, da desnacionalização da economia, do saldo das reservas internacionais, do endividamento externo e do coeficiente de vulnerabilidade, será avaliado o comportamento da vulnerabilidade externa. Conclui-se que a inserção econômica
internacional de Brasil e Argentina, através da adoção das políticas de ajuste recomendadas pelo Consenso de Washington, deu-se de forma subordinada e dependente aos grandes centros econômicos e financeiros, na medida em que os dois países atuaram como receptores dos fluxos financeiros de curto prazo, resultantes da abertura comercial, apoiadas na
sobrevalorização do câmbio, a qual provocou uma mudança estrutural na balança comercial, tornando-a deficitária. Verifica-se que houve um aumento na vulnerabilidade nos dois países, pois as contas externas se deterioraram, aumentou o endividamento externo e cresceu o grau de internacionalização da produção por meio de maior presença de empresas de capital estrangeiro, ampliando a concentração de renda e poder nas mãos de grupos internacionais. Além disso, a inconsistência e a inadequação dessas políticas também são comprovadas pelo baixo crescimento do PIB e pelo aumento do desemprego.