Níveis de concentrado na dieta de bovinos
Abstract
O estudo foi desenvolvido para avaliar o efeito do incremento de concentrado na dieta de bovinos de corte abatidos entre 14-16 meses de idade, através do desempenho, avaliação econômica, comportamento ingestivo e características quantitativas e qualitativas da carcaça e carne. Foram utilizados dezesseis bovinos mestiços Charolês-Nelore não castrados, alimentados em confinamento com 22, 40, 59 ou 79% de concentrado na dieta, distribuídos inteiramente ao acaso, com quatro repetições por tratamento. A idade e o peso médio inicial dos animais foram de 9,32 meses e 192,44 kg, respectivamente. Os animais foram abatidos quando atingiram aproximadamente 400 kg de peso vivo. A dieta fornecida aos animais foi isoproteica e o volumoso utilizado foi a silagem de milho. A idade final, o peso final, o consumo de fibra em detergente neutro, a conversão alimentar, a lucratividade mensal, o tempo destinado ao consumo de alimento e a ruminação, o número de mastigadas por bolo regurgitado, a eficiência de ruminação da fibra em detergente neutro e a maturidade fisiológica diminuíram com o aumento de concentrado na dieta. O consumo de matéria seca em percentagem do peso vivo e tamanho metabólico apresentaram comportamento quadrático, os quais aumentaram até 67% de concentrado na dieta. O consumo de energia digestível, o ganho de peso médio diário, o tempo destinado ao ócio, a eficiência na alimentação e ruminação da matéria seca, a percentagem de traseiro na carcaça, a coloração e textura da carne apresentaram aumentos lineares com o incremento do nível de concentrado na dieta. A terminação de bovinos inteiros entre 14-16 meses de idade e confinados com peso vivo médio de 192 kg é viável economicamente entre 26 e 61% de concentrado na dieta. O maior fornecimento de concentrado na dieta aumenta a eficiência alimentar, de ruminação de bovinos e melhora o aspecto visual da carne.