Alterações na vegetação florestal nativa nas bacias hidrográficas dos lajeados São José e Passo dos Índios – oeste de Santa Catarina: efeitos hidrológicos e na perda de solos entre 1989 e 2015
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2017-08-30Metadatos
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A pesquisa trata sobre a relação entre vegetação florestal nativa remanescente e funções
ambientais em bacias hidrográficas. As funções ambientais escolhidas para esta pesquisa
são: vazão, perda de solo e escoamento superficial. Considerando o crescimento
populacional e a expansão urbana em Chapecó, é importante ter um planejamento
ambiental para não comprometer as funções ambientais da vegetação nativa remanescente
e desencadear problemas ambientais, como desmatamento, erosão e inundações. Para
compreender os efeitos da fragmentação e a redução da vegetação nativa remanescente
nas funções ambientais mencionadas, foram comparadas as bacias hidrográficas dos
lajeados São José e Passo dos Índios, localizadas no oeste do Estado de Santa Catarina,
Brasil. O lajeado São José é um curso d’água intermunicipal, tendo suas nascentes nos
municípios de Chapecó e Cordilheira Alta, enquanto o lajeado Passo dos Índios tem suas
nascentes no município de Chapecó. A bacia do lajeado São José caracteriza-se por ter
áreas com mais fragmentos da vegetação remanescente, ter muitas propriedades rurais e
por ter a captação de água desta cidade nesta bacia hidrográfica. A bacia do lajeado Passo
dos Índios pode ser considerada uma bacia urbanizada, tendo vários trechos dos cursos
d’água canalizados. Para conhecer o processo de fragmentação da vegetação nativa
remanescente de 1989 a 2015 foram elaborados mapas: a) de uso da terra de 1989, 1996,
2010 e 2015; b) 2015 simulando as Áreas de Preservação Permanente (APPs) conforme as
leis ambientais; c) 2015 simulando a substituição de fragmentos de remanescentes por
áreas de cultivo; e d) 2015 simulando a substituição de fragmentos de remanescentes por
áreas edificadas. Para compreender os efeitos da fragmentação da vegetação no
escoamento superficial, na vazão e na perda de solo conforme o uso da terra nos diferentes
anos e verificar a possibilidade do uso de cenários, para o planejamento ambiental na área
de estudo, foi utilizado o modelo hidrológico Soil and Water Assessment Tool - SWAT. Para
a simulação de cenários foram considerados os dados climáticos de 1985 a 2015; os dados
de vazão, de nível do rio e os mapas de uso da terra, de tipos de solo e o Modelo Digital de
Elevação. Para saber qual é a influência da vegetação nativa remanescente (uso da terra)
para reduzir a vazão, o escoamento superficial e a perda de solo, optou-se em fazer uma
média da precipitação de 1989 a 2015, e a média da vazão, do escoamento superficial e da
perda de solo, tendo o uso da terra como variável. A área de estudo foi dividida em 40 subbacias
para efeitos de comparação. As sub-bacias com menor escoamento superficial,
perda de solo e vazão foram as que tinham mais vegetação nativa remanescente. As subbacias
do lajeado São José seriam mais vulneráveis para perda de solo e vazão, enquanto
as sub-bacias do lajeado Passo dos Índios teriam maiores taxas de escoamento superficial.
A simulação de APPs evidenciou a necessidade de alternativas para ampliar as áreas com
vegetação, reduzindo problemas ambientais como inundações, assoreamentos e erosão.
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