Análise do grau de desenvolvimento dos ambientes de inovação: o caso da governança dos parques tecnológicos e incubadoras do Rio Grande do Sul
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2017-04-28Metadatos
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O objetivo deste trabalho foi identificar o grau de desenvolvimento da governança em rede dos ambientes de inovação do Rio Grande do Sul, delimitados em parques tecnológicos e incubadoras situadas nos municípios de Porto Alegre, São Leopoldo, Novo Hamburgo, Santa Maria, Lajeado e Rio Grande, com base no modelo de governança proposto por Provan e Kenis (2008) da Organização Administrativa da Rede (OAR) a partir dos seguintes fatores: Confiança, Número de Participantes, Congruência de Objetivos, Necessidade de Competências e Conflitos e Tensões. Adotou-se como método a abordagem qualitativa com natureza exploratória através do estudo de multicasos. Para a coleta de dados utilizou-se entrevistas em profundidade junto aos gestores dos parques e incubadoras, além de dados secundários e analisados através da técnica de análise de conteúdo. Como resultados, no que tange todos os ambientes de inovação, verificou-se uma alta necessidade de competências em relação a mão de obra qualificada, internamente na gestão e governança e externamente no fraco ambiente empreendedor, além da necessidade de um maior número de pessoas disponíveis para desempenharem as funções administrativas desses ambientes. Quantos aos ambientes de inovação maduros pesquisados possuem uma governança bastante formalizada e estruturada, semelhante a OAR. Especificamente aos ambientes de inovação tidos como embrionários e em crescimento/desenvolvimento, sugere-se como ponto de partida a necessidade de uma melhor estruturação quanto a questões relacionadas a gestão e desenvolvimento interno desses ambientes, visto que os pontos críticos desses ambientes, nesse momento, não estão a nível de rede, mas a nível interno. Dessa forma, os resultados delineados contribuem não só para o avanço do conhecimento teórico sobre o fenômeno da governança em rede em ambientes de inovação como parques tecnológicos e incubadoras, mas também como auxílio às dificuldades de estruturação desses ambientes. Essa lacuna que tange os ambientes de inovação é ainda maior em se tratando de estudos regionais, ficando delimitados a parques e incubadoras mais consolidados, dessa forma esta pesquisa pode trazer pontos iniciais de discussão dentro dos ambientes de inovação do Rio Grande do Sul. Quanto as limitações do estudo, os resultados que ela proporciona se restringem a governança dos ambientes de inovação estudados, assim como sugestões de pesquisas futuras, é necessário aprofundar os estudos com outros ambientes em diversas fases de desenvolvimento, principalmente com ambientes de inovação maduros, buscando entender questões que vão além do ambiente, mas de todo o ecossistema de inovação envolvidos, buscando trazer a opinião de diversos agentes envolvidos no processo, como: Prefeituras, universidades, empresários, empreendedores, aceleradoras, ambientes de coworking, além de realizar estudos comparativos desses ambientes e ecossistemas de inovação brasileiros maduros, com ecossistemas e ambientes maduros a nível internacional. Quanto aos ambientes de inovação menos desenvolvidos, são importantes estudos que além de entender a governança, aprofundem questões relacionadas a gestão desses ambientes, dessa forma buscando propor ações que podem ser desenvolvidas para estruturar e consolidar esses ambientes, principalmente no que se refere a modelos eficazes de gestão e ações de qualificação de competências em rede.
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