Arquitetura subjacente à via férrea: relações de lugar e poder no espaço urbano de Santa Maria/RS - final do século XIX e início do XX
Resumo
Este trabalho intitulado Arquitetura subjacente à via férrea: relações de lugar e poder no espaço urbano de Santa Maria/RS – final do século XIX e início do XX, vinculado à linha de Pesquisa Memória e Patrimônio, do Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal de Santa Maria, objetivou analisar as relações de poder que interagiram/interferiram na constituição do espaço ferroviário na cidade de Santa Maria/RS, cujo processo de ocupação deu-se no final do séc XIX. Para tanto, a análise procede, a partir do fenômeno de lugarização, com a chegada da via férrea e consequente caracterização de três lugares: a Av. Rio Branco – principal eixo de ligação do centro urbano à Estação Ferroviária; a Vila Operária Belga – núcleo habitacional destinado a abrigar aos trabalhadores administrativos da ferrovia e, por último, o Bairro Operária Itararé local onde se instalaram aos trabalhados, chamados de “tucos”, responsáveis pela manutenção da via férrea. A análise se baseia em autores como Loius Cloquet, Michel Foucault e Pierre Bourdieu e no entendimento referente às relações de poder simbólico que se estabelecem entre diferentes grupos sociais. A análise se estrutura em referenciais da iconografia existente, capazes de revelar a arquitetura produzida no período, bem como as suas relações com a forma urbana. Conclui-se que a produção arquitetônica, produzida pelo conjunto de trabalhadores da viação férrea e elite urbana santa-mariense, está subjacente através dos elementos edificados relacionados à implantação da ferrovia. Sua subjacência nos revela que, a ferrovia foi a precursora, não só do desenvolvimento econômico de Santa Maria, como também, resultou na consolidação de uma arquitetura diferenciada em seus pressupostos simbólicos.
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