Manejo dos resíduos da colheita de Pinus taeda L. e sua relação com compactação do solo, exportação de nutrientes e potencial energético
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2015-10-26Metadatos
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O desenvolvimento econômico e as questões ambientais têm aumentado a demanda por fontes alternativas de energia, em especial as renováveis, colocando em evidência a utilização da biomassa florestal residual florestal como insumo energético. Porém, a retirada do resíduo acende o debate sobre as implicações na qualidade física do solo e da sustentabilidade nutricional do sítio. Nesse sentido, este trabalho objetivou estabelecer um padrão quantitativo de biomassa florestal residual que poderá ser retirada do talhão sem que as propriedades físico-químicas do solo sejam comprometidas. Buscou-se, conhecer a capacidade calorífica desses resíduos para utilização com fins de produção de energia. Para isso, realizou-se um estudo no município de Quedas do Iguaçu – PR, em um povoamento de Pinus taeda L. de 25 anos de idade pertencente a empresa Araupel S.A. O solo da área foi classificado como Latossolo Vermelho Distroférrico. Realizou-se o inventário florestal e a coleta da biomassa de pinus para a quantificação dos nutrientes acima do solo, de forma a determinar a quantidade de resíduo que seria produzida pela colheita florestal. O delineamento experimental adotado foi blocos ao acaso em parcelas subdivididas no tempo, com quatro repetições. Compuseram os tratamentos, diferentes proporções de resíduo da colheita sobre o solo (0%, 25%, 50%, 75% e 100%) e sobre estes o harvester e o forwarder trafegaram, simulando o corte e o baldeio da madeira. A ocasião da coleta das amostras de solo, antes e após o tráfego, constituiu a subparcela. Os resultados obtidos indicaram que a quantidade de resíduo gerado na colheita florestal foi de 75,8 Mg ha-1, sendo composto por 67,3 Mg ha-1 de galhos, acículas e ponteiro de pinus e 8,5 Mg ha-1 de biomassa do sub-bosque. Os resíduos de pinus representam 18,2% do total da biomassa das árvores de pinus. O tráfego das máquinas da colheita florestal realizado sobre diferentes proporções desse resíduo, gerou compactação na camada superficial do solo (0 a 10 cm) independentemente da quantidade de resíduos disposta sobre o solo, sem atingir níveis considerados críticos para o desenvolvimento do sistema radicular de pinus. A quantidade de resíduo que pode ser retirada do talhão é de 50% e possui características caloríficas favoráveis para ser usado na produção de energia, desde que seja realizada a reposição dos nutrientes retirados e assim manter a sustentabilidade do sítio.
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