Os elos da cadeia produtiva industrial brasileira: uma análise via matriz insumo-produto para 1990, 2000 e 2010
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2019-02-25Metadatos
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A industrialização brasileira, realizada em 50 anos (1930-1980) pelo processo de substituição
de importação, acontece no contexto do pós-guerra, no qual os países latino-americanos
tentam diminuir suas diferenças produtivas em relação aos países desenvolvidos. A CEPAL,
órgão da ONU responsável pelo incentivo e análise do desenvolvimento da região, tem em
Raul Prebisch o trabalho seminal que explica as condições desses países em um cenário de
deterioração de termos de troca no mercado internacional e em uma dinâmica entre centro e
periferia, em que os países já desenvolvidos absorvem os benefícios do progresso tecnológico
da periferia. Para quebrar esse ciclo, o caminho para o desenvolvimento e incorporação de
tecnologia passa obrigatoriamente pela industrialização. Dentre as influências da escola, é
notável não apenas o pensamento keynesiano como também o de Joseph Schumpeter,
sobretudo na importância da incorporação tecnológica e nos ciclos econômicos dos países. Os
anos 1990 renovam o pensamento estruturalista cepalino, incorporando conceitos da corrente
neoschumpeteriana para entender as dificuldades de internalização do progresso técnico. Essa
corrente explora que, apesar de o Brasil ter realizado a sua industrialização, sobretudo no
setor metalmecânico da quarta revolução tecnológica, ele não consegue se inserir
perfeitamente na década de 1970 na industrialização da quinta revolução tecnológica, das
telecomunicações e informática. Nesse cenário, esse trabalho tem o objetivo de verificar as
relações do tecido industrial brasileiro, analisando, via matriz insumo-produto,
disponibilizada pelo IBGE para os anos 1990, 2000 e 2010, os seguintes indicadores:
Forward Linkage (FL), Backward Linkage (BL), Poder de Dispersão (PD), Sensibilidade de
Dispersão (SD) e Coeficiente de Variação (CV). Os resultados encontrados para o período
analisado indicam uma especialização para os setores de commodities e tradicionais, com
fortes elos produtivos para duráveis apenas no ano de 2010 e fracos resultados para os setores
difusores de tecnologia em todo período analisado.
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