Avaliação dos efeitos de uma formulação comercial contendo azadiractina em carpa comum
Fecha
2016-03-10Metadatos
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Devido ao impacto causado pelos inseticidas sintéticos no meio aquático, compostos obtidos de fontes naturais têm sido utilizados na tentativa de minimizar os riscos para o ambiente. O produto comercial NeenMax®, biopesticida com principio ativo azadiractina (Aza), é um destes compostos, utilizado na agricultura orgânica e aquicultura, desperta interesse tanto comercial quanto para a pesquisa. Neste sentido, o estudo teve por objetivo investigar os possíveis efeitos comportamentais, hematológicos, bioquímicos e histológicos do biopesticida NeenMax® em vários tecidos de carpas (Cyprinus carpio) após exposição de 96 h. Após um período de aclimatação de 10 dias no laboratório os peixes foram randomicamente distribuídos em caixas de 45 L. No artigo 1, foi inicialmente determinado a CL50 para a carpa , estimada em 80 μL/L, e assim todas as demais análises seguiram as concentrações de 20, 40 e 60 μL/L, correspondendo a 25, 50 e 75% da CL50. A partir da CL50 foi investigado parâmetros comportamentais, como distância percorrida, ângulo absoluto de giro, imobilidade, episódios imóveis através de médias e ao longo de 6 minutos. Para complementar este estudo avaliou-se uma série de parâmetros hematológicos, sendo eles, contagem de células vermelhas, hemoglobina, hematócrito, volume médio de hemoglobina por eritrócito, concentração média de hemoglobina por eritrócito e variação de tamanho de cada eritrócito. No artigo 2, foi priorizado a avaliação em brânquias por este ser um dos principais órgãos vitais do peixe, envolvido em funções como respiração e osmoregulação, assim foi analisado: Na+K+-ATPase e determinações relacionadas ao estresse oxidativo (substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico (TBARS), proteína carbonil (PC), superóxido dismutase (SOD), glutationa S-transferase (GST), catalase (CAT), glutationa peroxidase (GPx), tióis não proteicos (SHNP) e ácido ascórbico (AA)) de maneira a complementar os resultados foi integrado as análises histológicas e produção da camada de muco (proteína e glicose). Em adição, no manuscrito 1, as análises de estresse oxidativo foram realizadas em fígado, músculo e cérebro avaliando TBARS, PC, GST, SOD, CAT, SHNP, AA e AChE. Considerando os resultados obtidos, alterações mais severas foram observadas na concentração de 60 μL/L, sendo possível destacar alterações no comportamento motor e de locomoção e ocorrência de um estado de anemia. Não obstante, o sistema branquial também foi impactado por Aza demonstrando inibição da Na+K+-ATPase e alterações histológicas significativas para o bom funcionamento do órgão. Ainda foi observado um aumento na produção de glicose e proteína, ambos componentes da camada de muco. Logo, o sistema antioxidante enzimático e não enzimático também foram ativados na tentativa de detoxificação do organismo. Através disso foi possível observar um padrão de dano oxidativo mais acentuado em proteínas do que em lipídeos em alguns órgãos. Por fim, é importante ressaltar que Aza causou desequilíbrio na homeostase do organismo levando em consideração que as concentrações usadas neste estudo foram subletais. E assim, mais estudos com diferentes concentrações e tempo de exposição são necessários para o conhecimento dos potencias danos que Aza pode causar a aquicultura se este for usado de forma equivocada ou empiricamente.
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