Associação do polimorfismo MnSOD ALA16VAL com os biomarcadores inflamatórios, apoptóticos e BDNF em pacientes após acidente vascular encefálico tardio
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2017-07-01Metadatos
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O acidente vascular encefálico (AVE) é uma das doenças neurológicas mais frequentes e apresenta vários fatores de risco como a aterosclerose, dislipidemia e diabetes melitus. Além disso, os mecanismos de ação associados a fisiopatologia do AVE envolvem várias vias de interação, tais como inflamação, estresse oxidativo, apoptose, fatores genéticos e modulação de fatores neurotróficos, como o fator neurotrófico cerebral (BDNF). Estudos tem mostrado que as mutações genéticas, como o polimorfismo do nucleotídeo único da superóxido dismutase manganês (MnSOD Ala16Val SNP) está associado a fatores de risco de algumas doenças cardiovasculares, assim como, a modulação das vias inflamatórias e oxidativas. Entretanto, pouco se sabe sobre a relação do polimorfismo da MnSOD Ala16Val com o AVE e com os níveis de BDNF plasmáticos, bem como, a influência da mutação genética nos parâmetros inflamatórios, de estresse oxidativo e marcadores apoptóticos nessa patologia. Dessa forma, inicialmente foram recrutados indivíduos com AVE crônico (44) e indivíduos saudáveis (44) para análise da associação do polimorfismo da MnSOD Ala16Val e o AVE. O perfil glicolipídico, níveis plasmáticos de citocinas inflamatórias (IL-1β, IL-6 e IFN-γ), caspases (1 e 3), BDNF, dano ao DNA, TBARS, níveis de nitrito e nitrato (NOx), atividades da SOD e catalase também foram avaliados nos pacientes com AVE comparando com indivíduos saudáveis (controle). Os resultados mostraram uma maior proporção do genótipo VV no grupo AVE em comparação com indivíduos saudáveis. Além disso, observamos maiores níveis de colesterol (CHO) e glicose (GLU) nos pacientes após AVE quando comparados com os indivíduos saudáveis. Interessantemente, os pacientes que apresentaram o alelo V mostraram maiores níveis de CHO e GLU quando comparados ao genótipo AA do grupo AVE e os genótipos do grupo controle. Os resultados ainda mostram que os parâmetros de estresse oxidativo (TBARS, níveis de NOx e atividades da SOD e catalase) e dano ao DNA estão aumentados no grupo AVE em relação aos indíviduos saudáveis, mesmo após 6 meses do evento isquêmico cerebral. A análise estatística mostrou, que os valores de colesterol total, LDL, IL-1β, IL-6, e os níveis de IFN- foram mais elevados nos pacientes AVE com genótipo VV em comparação com os AA e AV e com os genótipos dos indivíduos controles. Os níveis dos triglicerídeos, glicose e caspases (1 e 3) foram significativamente maiores no genótipo VV e AV no grupo AVE em comparação com o genótipo AA e com os genótipos dos indivíduos controles. Os níveis de BDNF foram menores nos genótipos VV e AV em relação ao AA dos pacientes com AVE e com os genótipos dos indivíduos controles. Os resultados também mostraram uma correlação entre IL-1β e espasticidade no genótipo VV quando comparado com AA e AV dos pacientes pós AVE. Nossos resultados sugerem que o polimorfismo na MnSOD Ala16Val pode contribuir para a hipercolesterolemia e níveis mais elevados de GLU, levando a alteração na homeostase neurovascular. Estes eventos colaboram com um aumento dos marcadores inflamatórios, oxidativos, apoptóticos e na redução de BDNF, contribuindo para a fisiopatologia da doença neurovasular.
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