Metodologia para consideração de tendências climáticas em curvas IDF de precipitação
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2019-08-16Metadatos
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Muitos estudos mostram que as chuvas intensas tem modificado seu comportamento nos
últimos anos, função das alterações climáticas. Este fato traz consequências como o aumento
da ocorrência de eventos de enxurradas, alagamentos e demais eventos críticos nas áreas
urbanas. Nesta pesquisa tem-se o intuito de contribuir na análise de tendência de eventos
extremos e como estes podem ser considerados nos projetos hidráulicos buscando a redução
da ocorrência de desastres urbanos devido a subdimensionamentos. Para tal, foram criadas
séries sintéticas de precipitações máximas anuais com duração de 1 hora e diferentes
magnitudes de tendência. A partir delas, foi analisado qual o tamanho necessário de séries
observadas para a detecção de tendências e qual o impacto das tendências nos projetos
hidráulicos. Também foram testadas duas metodologias para atualização das relações IDF em
caso de detecção de tendência nas séries de precipitações máximas anuais. A primeira análise
mostrou que para detecção de magnitudes de tendência (com significância α=0,1) iguais a
0,05mm/ano é necessário uma série com cerca de 98 anos de dados observados, enquanto
magnitudes de 0,40mm/ano necessitam de uma série de cerca de 27 anos. Os resultados
mostraram o quão incerta é a detecção das tendências, quanto menor for o tamanho da série.
Em relação aos impactos das tendências em projetos hidráulicos, foi possível observar que
para algumas situações específicas com magnitudes amenas, o incremento de vazão para
situação futura é bastante pequeno, podendo até ser desprezado, enquanto nos demais casos, o
incremento da vazão em situações futuras é volumoso e oferece grande risco se a tubulação
passar a trabalhar subdimensionada ao longo dos anos. As metodologias para consideração
das tendências obtiveram desempenho aceitável para séries com tamanho a partir de 50 anos
de dados observados, desde que para períodos de retorno com até 100 anos e vida útil da obra
de até 50 anos. Para séries de tamanho menor que 50 anos, as metodologias apresentaram
erros extremamente grandes devido à pouca representatividade das séries curtas, sendo a
magnitude detectada no início da série diferente da detectada no fim da vida útil da estrutura.
Percebe-se como a limitação de dados pluviográficos em nosso país nos remete a uma
situação de grande incerteza em relação às tendências de precipitações máximas, onde a
maioria das séries possuem tamanhos com cerca de 10 a 20 anos de dados observados.
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