Quedas em idosos de instituições de longa permanência – um enfoque da terapia ocupacional
Resumo
Esta pesquisa teve por objetivo caracterizar os idosos que sofreram quedas e são residentes em Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPI), no município de Santa Maria, avaliando a funcionalidade e o equilíbrio destes idosos bem como as barreiras arquitetônicas existentes nessas ILPI. A amostra foi constituída por 41 idosos residentes em três ILPI, sendo 24 do sexo feminino e 17 do sexo masculino, com idades entre 61 e 94 anos e com até 46 anos de institucionalização. Os critérios de inclusão foram: ter idade igual ou superior a 60 anos; residir há mais de um ano na ILPI e ser capacitado a responder os questionários (não apresentar transtorno cognitivo). Para avaliar o nível de demência do idoso foi utilizado o Mini-Exame do Estado Mental. Inicialmente, foi aplicado um questionário sociodemográfico, seguido do Índice de Funcionalidade de Katz e da Escala de Equilíbrio de Berg. Como resultados, 50% dos idosos é independente em quatro ou menos Atividades da Vida Diária. Em relação ao equilíbrio foi verificado que a maioria desses idosos não estão tão gravemente afetados. Metade dos idosos do estudo caiu no mínimo três vezes nas ILPI e a maioria relatou problemas após as quedas. Essas quedas não apresentaram correlação significativa com a idade e com o tempo de institucionalização. Houve correlação significativa entre o número de quedas e a funcionalidade, ou seja, quanto mais o idoso cai, mais afetada é a sua funcionalidade. Já o equilíbrio não mostrou correlação com a frequência das quedas. Portanto, nesse estudo foi constatado que o equilíbrio não foi um fator significativo na freqüência de quedas, com isso, ressalta-se que dos fatores avaliados as barreiras arquitetônicas podem influenciar as quedas. Com base na avaliação arquitetônica realizada pode-se perceber alguns aspectos positivos como: pisos antiderrapantes, boa iluminação, tomadas próximas das camas, acentos de vasos sanitários elevados. Já como aspectos negativos encontraram-se: pouca iluminação, tapetes mal distribuídos, rampas com inclinação inadequada, pisos lisos, entre outros. Portanto, uma intervenção de um profissional da Terapia Ocupacional corrigindo esses aspectos ambientais para a prevenção de quedas, diminuiria todos os inconvenientes que estas podem gerar para esses idosos institucionalizados e para as ILPI.
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