Efeitos do exercício resistido sobre a atividade das enzimas acetilcolinesterase e Na+/K+ ATPase e estresse oxidativo na hipertensão induzida por L-NAME
Resumo
A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é uma doença que afeta bilhões de pessoas no
mundo, sendo fator de risco para outras inúmeras doenças cardiovasculares, podendo
chegar, inclusive, a afetar o cérebro através da má distribuição de sangue. Em modelos
experimentais, a hipertensão induzida é feita pela administração diária de L-NAME. Já
o treinamento resistido tem aparecido cada vez mais como uma alternativa auxiliar no
tratamento da HAS por apresentar efeitos anti-hipertensivos, antioxidantes e
neuroprotetores. Desse modo, o objetivo desse trabalho foi avaliar o efeito de 4
semanas de exercício resistido em atividades enzimáticas e parâmetros de estresse
oxidativo no córtex cerebral de ratos com hipertensão induzida por L-NAME. Para isso
foram utilizados 40 ratos machos divididos em 4 grupos: Sedentário Controle (Sed-
Ctrl), Exercício Controle (Ex-Ctrl), Sedentário L-NAME (Sed-L-NAME) e Exercício LNAME
(Ex-L-NAME). A dose de L-NAME utilizada foi de 30mg/kg/dia e começou uma
semana antes do início do protocolo de exercício. Após 48 horas da última sessão de
exercício, as amostras foram coletadas para aviação dos níveis de nitritos e nitratos
(NOx), conteúdo total de espécies reativas de oxigênio (tERO), proteína carbonil,
espécies reativas ao ácido tiobarbitúrico (TBARS), conteúdo total de tióis e atividade
das enzimas glutationa peroxidase (GPx), redutase (GR), s-transferase (GST),
acetilcolinesterase (AChE) e Na+/K+ ATPase. Os resultados obtidos demonstraram um
menor ganho de peso causado pelo L-NAME, que, na última semana, foi restaurado
aos níveis normais pelo exercício. Além disso, foi encontrado níveis aumentados de
tERO e tióis no grupo Sed-L-NAME, ambos revertidos para o normal no grupo Ex-LNAME.
O conteúdo de NOx no grupo Sed-L-NAME diminuiu e o exercício o restaurou
no grupo Ex-L-NAME. Um aumento da atividade da GPx no grupo Sed-L-NAME foi
observado e também seu restabelecimento no grupo Ex-L-NAME. Também pudemos
observar um aumento na atividade da AChE e uma redução na Na+/K+ ATPase no
grupo Sed-L-NAME, mas o protocolo do exercício resistido não conseguiu restaurar
esses parâmetros. As outras medidas analisadas –TBARS, carbonilação proteica, GR e
GST- não apresentaram diferença significativa. Espera-se com esses resultados
entender melhor os danos causados pela HAS no sistema nervoso central bem como
os efeitos deste protocolo de exercício físico como possível auxílio no tratamento da
HAS.
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