Crise? Para quem? O MST e a mídia
Fecha
2019-11-21Autor
Viegas Júnior, Sérgio Tadeu Fraga
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Imersos na era digital, encontramo-nos cada vez mais expostos aos olhares da população, dos poderes e principalmente da mídia. Com esse advento, os veículos de comunicação ganham uma nova forma de comunicar e de compartilhar notícias/informações por meio das mídias sociais digitais, que assumem o papel de compartilhar momentos, notícias, informações, experiências, etc. de uma forma muito mais rápida. Diante disso, as organizações também se inserem nesse ambiente, para assim dialogar com seus públicos e construir relacionamentos sólidos. Os Movimentos Sociais – que são uma forma de organização social – estão, cada vez mais presentes nesse ambiente, utilizando estratégias de mobilização social a fim de buscarem relacionamento com a sociedade para unirem forças. Tendo em vista que cada vez mais a sociedade está conectada e, com isso, expondo fatos, assim como informações não verificadas em multimídias digitais, esta monografia aborda como temática a Crise de Imagem e os Movimentos Sociais. Questionamos: “Em que medida a abordagem da mídia pode gerar uma crise de imagem para o MST? E de que maneira tal crise atinge o processo de mobilização social do movimento?”. Nessa direção, buscamos como objetivo principal identificar de que maneira a mídia (jornais Zero Hora, Gazeta do Povo e Diário Catarinense) contribui para a formação de uma crise de imagem dos movimentos sociais (MST) no primeiro semestre do ano de 2019. Objetivamos, também, neste trabalho: a) identificar as estratégias de mobilização social utilizadas pelo MST na fanpage Mídia Sem Terra; b) identificar as estratégias de comunicação utilizadas pelo MST na fanpage Mídia Sem Terra; c) analisar a forma que a mídia apresenta as ações do movimento e d) compreender a percepção sobre crise de imagem pela gestora de comunicação do movimento. Respondemos nossa problemática da pesquisa e atingimos êxito em nosso objetivo, através da definição do percurso metodológico pesquisa bibliográfica (STUMPF, 2009); auditoria de imagem na mídia (BUENO, 2009); entrevista assíncrona semi estruturada (JOHNSON, 2010) e observação aberta e não participativa (JOHNSON, 2010). A partir disso, são debatidos os seguintes conceitos: movimentos sociais (MONTAÑO, DURIGUETTO, 2010; GOHN, 1997; 2000); comunicação digital (BUENO, 2015; MARTINUZZO, 2013); relações públicas e mobilização social (HENRIQUES, 2007; PERUZZO, 2016; GRUNIG, 2011; FERRARI, 2011; SIMÕES, 2006); identidade, imagem, reputação (ARGENTI, 2016; BUENO, 2012) e crise de imagem (FORNI, 2015; ARGENTI, 2016). Ressaltamos que as teorias debatidas nesta monografia serão abordadas pelo viés de diversas áreas do conhecimento, visando um diálogo enriquecedor para a pesquisa. Com isso evidenciamos que a mídia é um fator que contribui para a instauração de uma crise de imagem do MST – e também de outros movimentos sociais –, além de impactar diretamente no processo de mobilização social, na medida em que essa deixar as relações de poder e os interesses dos governos e de seus patrocinadores serem maiores do que a apuração dos fatos.
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