Simulação da viabilidade econômica e avaliação de taxas de arraçoamento para tilápia-do-nilo (Oreochromis niloticus) em bioflocos
Fecha
2019-08-08Primeiro membro da banca
Peixoto, Nilce Coelho
Segundo membro da banca
Lopes, Diogo Luiz de Alcantara
Metadatos
Mostrar el registro completo del ítemResumen
Os objetivos com este estudo foram avaliar os efeitos das taxas de arraçoamento sobre
desempenho, composição corporal, parâmetros bioquímicos e oxidativos dos peixes em
sistema de bioflocos (BFT) e simular fatores que interferem na viabilidade econômica da
criação de tilápias. No artigo 1 foi realizado um experimento durante 28 dias, com 144 juvenis
de tilápia (12,06±0,16g), 12 peixes por tanque em sistema de BFT, composto por 12 tanques
de polipropileno (microcosmos, 30 L) e um macrocosmo (1000 L). Os animais foram
alimentados três vezes ao dia (8, 12 e 18 horas), com ração extrusada (36% PB), nas taxas de
2, 4, 6 e 8% da biomassa por dia. Observou-se influência na taxa de alimentação no
desempenho dos peixes, onde a taxa máxima estimada foi de 4%. A conversão alimentar
aparente piorou proporcionalmente ao aumento de oferta de ração. A proteína bruta da
composição centesimal foi maior no nível 8% e a matéria seca mostrou crescimento de acordo
com a taxa de arraçoamento. Os conteúdos lipídicos foram maiores nos níveis 6% e 8% de
arraçoamento. Peixes alimentados com menores taxas apresentaram melhores parâmetros
oxidativos, devido ao consumo dos compostos fenólicos do biofloco. No artigo 2 simulou-se
um projeto de BFT, com 12 estufas (contendo tanques de 415m3
cada), sendo alojadas 55
tilápias/m3
, com conversão alimentar estimada de 1,2:1, peso final de 800 g e preço de
comercialização de R$ 4,65. Analisou-se indicadores como Valor Presente Líquido (VPL),
Payback, Taxa Interna de Retorno (TIR), Payback descontado, Índice de lucratividade e
análises de sensibilidade. O empreendimento mostrou-se economicamente viável, uma vez
que o retorno do investimento se dá entre o quarto e quinto ano, com VPL de R$ 59.792,94 e
TIR de 17%, com custo de implantação e custos operacionais altos. Variações no preço de
comercialização, conversão alimentar e densidade de estocagem podem ter grande influência
sobre a rentabilidade do empreendimento. A ração e a energia são os itens que mais
interferem na viabilidade do sistema, pois representam 70% e 21,79% do custo operacional,
respectivamente. Em conclusão, no sistema de BFT, recomenda-se a taxa alimentar de 4%
para juvenis de tilápia e que o empreendimento é economicamente executável dentre as
características definidas no trabalho, com os maiores custos operacionais definidos pela ração
e energia elétrica.
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