Avaliação da frequência de pneumonia enzoótica suína em granja com baixa tecnificação através de monitorias de abate, clínica e laboratorial

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Data
2021-01-26Primeiro coorientador
Cargnelutti, Juliana Felipetto
Primeiro membro da banca
Soares, Marcelo
Segundo membro da banca
Libardoni, Felipe
Metadata
Mostrar registro completoResumo
Este estudo avaliou a frequência da Pneumonia Enzoótica Suína (PES), em um sistema independente de produção de suínos, com baixo grau de tecnificação e elevadas perdas no frigorífico. A frequência de PES foi avaliada através das monitorias de abate, clínica e laboratorial perfazendo três etapas (monitorias) denominadas de períodos: P1, P2 e P3. A Etapa I contemplou a análise dos relatórios de abate fornecidos pelo Sistema de Inspeção Municipal (S.I.M.) de Santa Maria - RS, e simultaneamente foi realizada a monitoria de abate no Frigorífico de Suínos Sabor Gaúcho - Santa Maria - RS. A Etapa II iniciou com a determinação do perfil da granja que fornecia os suínos ao frigorífico mencionado anteriormente e, após, foram realizadas três monitorias clínicas. Nestas monitorias clínicas foram coletados dados gerais, fornecimento de orientações sobre medidas de prevenção e controle da PES. Além disso, foram realizadas as “contagens de tosse e espirros” dos lotes de creche e terminação. Na Etapa III, foram coletadas amostras/fragmentos dos pulmões com lesões suspeitas de PES no momento do abate e encaminhadas ao MicroVet de Viçosa - Minas Gerais e ao LABAC da UFSM, para diagnóstico bacteriológico e molecular. A média PES no P3 foi 38,54% superior (p <0,05) ao P1. A frequência média de Enfisema Pulmonar (EP) no P3 foi 59,13% maior (p <0,05) que no P1. O número de Aderências Pulmonares (AP) não diferiu (p> 0,05) entre P1, P2 e P3. Quanto à frequência de Hepatização Pulmonar (HP), P3 foi 48,80% maior (p <0,05) que P1. Em relação à frequência média de Lesões Pulmonares Craniodorsais (LLC), P3 foi 48,26% maior (p <0,05) que P1. A frequência média de Lesões Disseminadas (LD) e o Índice de Pneumonia (IPP) não apresentaram diferenças (p> 0,05) entre os três períodos avaliados. Por outro lado, na fase de terminação, a frequência de Tosse e Espirro foi 37,56% (p <0,05) maior no P1 se comparado ao P3. A frequência de tosse e espirro avaliada na fase de creche (FC) não diferiu (p> 0,05) entre os períodos. As amostras enviadas ao MicroVet foram positivas para M. hyopneumoniae, vírus Influenza e Pasteurella multocida tipo A. Nas amostras enviadas ao LABAC, o PCRmo médio (PCR para identificação de mollicutes) não diferiu (p> 0,05) nos períodos analisados, embora a presença de DNA de bactérias da classe Mollicutes tenha sido confirmada nos fragmentos. Além disso, os resultados médios da PCRmy (PCR para identificação de M. hyopneumoniae) também não diferiram (p>0,05), embora tenham revelado positividade para M. hyopneumoniae. Por fim, a frequência da PES foi comprovada através das monitorias de abate, clínica e laboratorial. Assim, pode-se correlacionar a presença do Mycoplasma hyopneumoniae e de outros patógenos de enfermidades respiratórias ao desempenho dos suínos na granja e a qualidade dos lotes entregues ao frigorífico.
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