Efeito neuroprotetor da Berberina na neurotoxicidade induzida por estreptozotocina e lipolissacarídeo em ratos

Ver/
Fecha
2019-10-29Primeiro membro da banca
Chitolina, Maria Rosa
Segundo membro da banca
Spanevello, Roselia Maria
Terceiro membro da banca
Stefanello, Francieli Moro
Quarto membro da banca
Sagrillo, Michele Rorato
Metadatos
Mostrar el registro completo del ítemResumen
A Doença de Alzheimer (DA) é considerada a maior causa de demência e caracterizada por apresentar alterações dos sistemas colinérgico e purinérgico, estresse oxidativo, processo inflamatório e mudanças metabólicas que, por sua vez, são responsáveis pela morte celular cerebral com consequente perda de memória e outros sintomas significativos. Por outro lado, a Berberina (BRB), um alcaloide muito utilizado na Medicina Tradicional Chinesa tem apresentado efeitos significativos em doenças neurodegenerativas, entre elas, a DA. Os benefícios descritos pelo uso da BRB dizem respeito, dentre outras, à sua capacidade antioxidante, anti-inflamatória e neuroprotetora. Sendo assim, o objetivo do presente estudo foi investigar os efeitos da BRB sobre a memória e relacionar estas mudanças com os sistemas colinérgico e purinérgico e estresse oxidativo através de dois modelos experimentais em ratos muito utilizados na investigação de compostos candidatos ao tratamento da DA. Para tanto, investigou-se primeiramente o efeito da BRB nas doses de 50 e 100 mg/kg sobre o modelo de demência induzido pela injeção intracerebroventricular de streptozotocina (ICV-STZ). Os ratos foram submetidos a ICV-STZ (3 mg/kg) ou solução salina e, 3 dias depois, iniciou-se o tratamento com BRB nas doses de 50 ou 100 mg/kg ou solução salina durante 21 dias. A avaliação comportamental da memória, bem como, parâmetros de estresse oxidativo e atividade de ectoenzimas em amostras de córtex cerebral e hipocampo foram investigados. Os resultados demonstraram que a BRB em ambas as doses foi eficaz na proteção contra o comprometimento da memória, o estresse oxidativo e a diminuição na atividade das enzimas NTPDase, 5’-Nucleotidase e adenosina desaminase (ADA). Posteriormente, investigou-se a ação da BRB em um modelo experimental de neuroinflamação induzido por lipopolissacarídeo (LPS). Os ratos foram submetidos por 8 dias consecutivos a uma injeção (ip) diária de LPS na dose de 250 ug/kg do peso corporal e a BRB na dose de 50 mg/kg administrada via oral 30 minutos após o LPS. A BRB demonstrou eficácia na proteção da memória de reconhecimento, no aumento da atividade da acetilcolinesterase, na proteção contra o estresse oxidativo e na diminuição da atividade das ectoenzimas NTPDase e 5'-nucleotidase em amostras de córtex cerebral e hipocampo dos ratos submetidos à injeção de LPS. Diante dos resultados apresentados, podemos sugerir que a BRB possui uma potente atividade antioxidante prevenindo a demência do tipo Alzheimer além de uma potencial atividade moduladora sobre as vias do sistema colinérgico e purinérgico. Nesse contexto, o uso da BRB pode ser apontado como uma nova estratégia terapêutica e multialvo a ser considerada no tratamento da DA.
El ítem tiene asociados los siguientes ficheros de licencia: