Ontogênese da antera, microsporogênese e microgametogênese de Dyckia strehliana H. Büneker & R. Pontes (bromeliaceae)
Fecha
2021-03-26Autor
Silva, Roberta Maidana da
Primeiro membro da banca
Simão, Daniela Guimarães
Segundo membro da banca
Kuhn, Sofia Aumond
Metadatos
Mostrar el registro completo del ítemResumen
Muitas espécies de angiospermas são consideradas reófitas, ou seja, se desenvolvem
em margens de córregos e rios de fluxo rápido e sujeitas à ação de inundações
frequentes, como é o caso de Dyckia strehliana H. Büneker & R. Pontes
(Bromeliaceae). Considerada também saxícola, seu desenvolvimento ocorre em
margens rochosas basálticas do Rio Toropi, no município de Quevedos, RS. É uma
espécie endêmica dessa região, uma área de risco de degradação ambiental pela
construção de centrais hidrelétricas, figurando como uma ameaça à extinção. Deste
modo, este estudo teve o objetivo de analisar e descrever anatomicamente o
desenvolvimento da antera de D. strehliana, além de caracterizar os processos
embriológicos, microsporogênese e microgametogênese, e a dinâmica do amido
durante estas etapas. Para a realização do estudo, foram realizadas coletas de
inflorescências em diferentes estádios do desenvolvimento e processadas no
Laboratório de Botânica Estrutural. O surgimento dos primórdios estaminais no
meristema floral de D. strehliana ocorre por divisões da camada II. A formação do
esporângio é do tipo básico, a epiderme persiste durante todo o desenvolvimento, e
suas células adquirem formato arredondado na maturação da antera. O endotécio
adquire espessamentos em U e em O, a camada média pode se dividir novamente
em alguns locais do esporângio, se degenerando na maturação da antera. O tapete é
secretor invasivo, inicia um processo de alteração da sua composição química no
início da meiose das células arquesporiais e posteriormente possui a tendência de
invadir o lóculo da antera. A meiose é sucessiva, formando tétrades de arranjo
isobilateral e decussado. A mitose dos micrósporos é assimétrica e os grãos de pólen
possuem abertura sulcada. A esporoderme é composta por exina lipídica e proteica,
e intina péctica, proteica e celulósica. O conectivo possui espessamentos fibrosos.
Ráfides são comuns no conectivo e regiões próximas aos lóculos. Os grãos de pólen
possuem um ciclo de amilogênese – amilólise, com pico de acumulação de amido
durante a fase em que a célula generativa está movida para a posição central da célula
vegetativa. Esporângio e conectivo apresentam poucas quantidades de grãos de
amido durante o desenvolvimento da antera, e no tapete foram observados durante a
degeneração. Os resultados embriológicos gerais encontrados vão de encontro com
os descritos para Bromeliaceae e Dyckia, contudo, detalhes relacionados ao tapete e
a dinâmica do amido contrastam D. strehliana de outras espécies do gênero. Tais
dados somam-se com estudos já realizados e contribuem para estudos futuros. Sendo
assim, contribuirá para a caracterização do processo de reprodução, relações
filogenéticas e auxiliará para a conservação e preservação da mesma.
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