Propriedades antitumorais do açaí (Euterpe oleracea, Mart., 1824) e avaliação do desbalanço oxidativo relacionado ao genótipo da SOD2 em células saudáveis
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Date
2019-08-28Primeiro coorientador
Azzolin, Verônica Farina
Primeiro membro da banca
Santos, Roberto Christ Vianna
Segundo membro da banca
Barcelos, Rômulo Pillon
Terceiro membro da banca
Sagrillo, Michele Rorato
Quarto membro da banca
Cadoná, Francine Carla
Metadata
Show full item recordAbstract
O câncer configura-se um dos principais problemas de saúde pública mundial, sendo que na maioria dos casos ocorre em células de origem epitelial, já que as mesmas possuem uma alta taxa proliferativa e apresentam características limitadas de senescência celular. Estas células sofrem constantemente com agressões intrínsecas e extrínsecas, gerando o estresse oxidativo e consequentemente a perda da sua integridade física, que é fundamental para a homeostase dos tecidos e a prevenção de doenças deletérias, como o câncer. Uma dieta rica em antioxidantes poderia minimizar os efeitos causados pelo estresse oxidativo ajudando no tratamento e na prevenção de diferentes tipos de câncer. O fruto Euterpe oleracea (açaí) amplamente consumido no Brasil, possui substâncias bioativas (orientina, ácido p-cumárico, apigenina) que possuem propriedades antitumoral, antioxidante, dentre outros. Diante disso, o objetivo do presente estudo foi avaliar o efeito antitumoral in vitro do extrato hidroalcoólico de Euterpe oleracea (açaí) em células de câncer de próstata (DU 145) e células de câncer colorretal (HT-29), além do efeito genoprotetor em células de queratinócitos (HaCat) submetidas a um desbalanço farmacológico superóxido- peróxido de hidrogênio (S-HP). Primeiramente utilizamos células de queratinócitos saudáveis expostos ao paraquat e porfirina, causando um desbalanço S-HP para verificar o possível mecanismo causal, sendo avaliados os parâmetros de viabilidade e proliferação celular, marcadores do estresse oxidativo e dano de DNA. Após utilizamos o extrato hidroalcoolico do açaí em diferentes concentrações frente a linhagem de câncer de próstata (DU145) onde foram analisados os parâmetros de viabilidade e proliferação celular, alterações no ciclo celular e ativação da via apoptótica e genes associados a apoptose e ciclo celular. Já a linhagem de câncer colorretal (HT-29) foi exposta a diferentes concentrações do extrato de açaí, bem como as suas principais moléculas biotivas (orientina, apigenina e ácido p-cumárico). Foram avaliados os parâmetros de viabilidade e proliferação celular, alterações no ciclo celular, ativação da via apoptótica, via análises espectrofotométricas e fluorimétricas. Os resultados mostraram que a exposição ao paraquat diminuiu a viabilidade celular, aumentou a lipoperoxidação e a apoptose. Já o tratamento com porfirina aumentou a viabilidade e a proliferação celular e a produção de espécies reativas de oxigênio e óxido nítrico e gerou danos às proteínas e ao DNA. O desequilíbrio de O2 • −H2O2 regulou diferencialmente o metabolismo oxidativo da linhagem de queratinócitos HaCaT via de expressão do gene Keap1-Nrf2. Foi demonstrado também que o extrato de açaí diminuiu significativamente a proliferação celular, bem como o crescimento de colônias formadas e inibiu a expressão do gene Bcl-2, responsável pelo efeito antiproliferativo em células de câncer de próstata. Verificamos também que o extrato de açaí apresentou atividade antitumoral em células HT-29 ao reduzir a viabilidade celular e à parada do ciclo celular, e a atividade antitumoral do açaí se deve ao efeito sinérgico de suas moléculas bioativas. Portanto, os resultados sugeriram que o açaí apresentou atividade antitumoral contra células de câncer de próstata e colorretal, além de que o estresse oxidativo poderia causar um desequilíbrio nas células epidérmicas e causar o câncer. Sendo assim, poderia ser usado como suplemento para prevenção e diminuição dos efeitos causados pelo estresse oxidativo.
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