Formação permanente de professores: criticidade e reflexividade na perspectiva das ruralidades como espaços conectivos
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Date
2021-03-26Primeiro membro da banca
Nunes, Ana Luiza Ruschel
Segundo membro da banca
Rech, Andréia Jaqueline Devalle
Terceiro membro da banca
Leão, Débora Ortiz de
Quarto membro da banca
Batalha, Denise Valduga
Quinto membro da banca
Andrade, Joze Medianeira dos Santos de
Dolwitsch, Julia Bolssoni
Metadata
Show full item recordAbstract
A Educação do Campo tem sido um desafio para gestores e professores, pois a
escola, como
espaço de transformação, exig e uma posição teórico prática e política para ser compreendida
enquanto projeto educativo. É preciso pensar a escola do campo como uma rede, como um
sistema articulado, com propostas e demandas de valorização do campo, da agricultura e da
profissão de agri cultor. Sendo assim, é necessário pensar propostas de formação permanente
com professores que levem em conta as diversidades culturais, sociais e regionais do país e
oportunizem espaços de reflexão das ações pedagógicas histórico críticas e emancipatórias.
Após refletir sobre as situações expostas, esta tese propõe a Educação com o Campo, isto é,
uma formação permanente de educadores e educandos, voltada para a autonomia de ambos.
Tendo isso em vista, o objetivo geral foi i nvestigar a repercussão das Rural idades nas escolas
da rede municipal de ensino de Quevedos, Rio Grande do Sul, a fim de compreender suas
implicações no processo de formação permanente de professores. Participaram da pesquisa a
secretária de educação do Município de Quevedos/RS, três dire toras e duas supervisoras,
denominadas como interlocutoras coautoras. A metodologia utilizada teve uma abordagem
qualitativa No contexto metodológico, foram realizados Círculos Dialógicos Investigativo
formativos, proposta epistemológico política que vem sendo trabalhada pelo Grupo Dialogus
(UFSM), que possibilita dialogar com os professores levando em conta a realidade, seus
saberes, suas inquietações, curiosidades e questionamentos. O s Círculos Dialógicos
Investigativo formativos tiveram dois movimentos: um destinado às interlocutoras coautoras,
e outro direcionado a todos os professores da rede municipal. Na perspectiva política,
epistemológica e metodológica dos Círculos Dialógicos, adotada na pesquisa, não há coleta de dados
ou resultados a serem anali sados, mas constructos interpretativo compreensivos onde os saberes e as
bibliografias a respeito do tema se entrelaçaram em movimentos espiralados e foram sendo
recriados no seguimento das ações e auto(trans)formações. As intenções expressas na tese, a pa rtir
dos princípios da concepção freireana de educação, revelaram limites e possibilidades
enfrentados pelas interlocutoras coautoras durante o processo dialógico de formação
permanente. As considerações finais apontam para o entendimento sobre a Educação com o
Campo a respeito das demandas da realidade, sem deixar de considerar as relações
estabelecidas no contexto macrossocial. A formação permanente com professores deve ser
perpassada pela criticidade e reflexividade na perspectiva das Ruralidades como es paços
conectivos, a saber, universos múltiplos, nem superiores nem inferiores ao espaço da cidade,
mas espaços, tempos emovimentos científicos e culturais, interdependentes, que se
interligam à história, à política, à economia e à contemporaneidade, cons iderando o ensino e
as realidades singulares e plurais dos seus sujeitos. Portanto, sinalizamos a necessidade de
defender estudos de caráter social, econômico e político sobre a educação, que valorizem e
garantam a todos condições de criticidade, considera ndo as particularidades dos alunos de
forma a propiciar avanço contínuo na ampliação de conhecimentos. Esperamos que o
compromisso com a docência, a esperança e o compartilhar possam propiciar o desejo de
construir práticas pedagógicas articuladas às neces sidades de cada grupo, trazendo, assim,
respeito às diferenças e fortalecendo a educação libertadora.
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