Qualidade fisiológica de sementes de soja sob estresse em pós-semeadura em solo seco
Fecha
2021-08-27Primeiro membro da banca
Follmann, Diego Nicolau
Segundo membro da banca
Bertagnolli, Carla Medianeira
Metadatos
Mostrar el registro completo del ítemResumen
A semeadura em solo seco é a prática de semear a semente no solo com baixa umidade antes
que ocorram precipitações, dessa forma, as sementes ficam armazenadas no solo, expostas a
estresses hídrico, térmico, ataque de pragas e doenças, enquanto aguardam condições de
umidade para iniciarem o processo de germinação. O uso de sementes de qualidade é uma
prática muito importante para o sistema produtivo, pois tem-se o acréscimo na percentagem
de germinação, aumento de plântulas normais e aumento no vigor de plântulas. Diante disso,
o presente trabalho tem como objetivo avaliar os efeitos da semeadura em solo seco e a
exposição a períodos de estresse na qualidade fisiológica em sementes de soja. Para isso,
foram realizados dois experimentos distintos. O primeiro com objetivo de avaliar os efeitos
que déficit hídrico após a semeadura em solo seco possuem na qualidade fisiológica de
sementes e a ação da cobertura vegetal do solo como possível amenizador de estresses. Para
simular períodos de estresse hídrico, dois lotes de sementes permaneceram no solo sem
irrigação por 0, 4, 8, 12 e 16 dias após a semeadura em vasos, estes possuíam ou não
cobertura vegetal do solo com palha de aveia preta. As avaliações foram realizadas a partir da
emergência até o início da fase reprodutiva da cultura. Os efeitos de vigor propiciam maior
emergência e estabelecimento mais rápido em condições de semeadura sob estresse hídrico e
são mais expressivos nos estágios iniciais de germinação e estabelecimento e menos evidente
à medida que os estádios fenológicos avançam. O armazenamento em solo seco em até 4 dias
não afeta a emergência, sendo esta reduzida dos 8 aos 16 dias de armazenamento com igual
intensidade. A cobertura vegetal do solo possibilita uma maior emergência e crescimento
inicial em relação ao solo sem cobertura, melhorando o estabelecimento e estande de plantas.
No segundo experimento objetivou-se avaliar efeitos da temperatura e do período em dias que
as sementes ficaram armazenadas no solo seco sob sua qualidade fisiológica e as
consequências no processo germinativo e desenvolvimento pós-germinativo em sementes de
soja. As sementes foram semeadas em bandejas e armazenadas por períodos de 0, 7, 14 e 21
dias no solo sem umidade e alocados em germinador tipo BOD com temperatura controlada
de 15, 25 e 35 ºC. Posteriormente ao armazenamento, irrigou-se o solo seco elevando sua
umidade a 60% da capacidade de retenção (CR) e manteve as BODs em 25 ºC e luz constante
durante a germinação. Cinco dias após a irrigação foram avaliadas emergência, classificação
de plântulas entre normais, anormais e mortas, comprimento e massa seca. Além disso,
realizou-se a digitalização através de imagens das plântulas para posterior análise. A
semeadura em solo seco por até 21 dias de armazenamento com temperatura de 35 ºC não
prejudica a qualidade fisiológica das sementes de soja, ainda observou-se que o
armazenamento em temperaturas mais baixas pode implicar em resultados mais heterogêneos
e ser prejudicial ao desempenho das sementes.
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