A curta duração do ciclo da cultura aumenta a limitação de nitrogênio da soja de alta produtividade
Fecha
2021-09-21Primeiro membro da banca
Amado, Telmo Jorge Carneiro
Segundo membro da banca
Caviglia, Octavio Pedro
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Mostrar el registro completo del ítemResumen
A produtividade de soja duplicou nas últimas duas décadas, impulsionada pelo aprimoramento genético (cultivares mais precoces) e práticas de manejo. Estudos recentes indicam fornecimento limitado de nitrogênio (lacuna-N) para soja de alta produtividade, ou seja, as fontes de nitrogênio do solo (NS) em conjunto com a fixação de N2 (FBN) não são suficientes para suportar a demanda de N da cultura. Nossa hipótese é que uma menor duração do ciclo da cultura propicia uma maior lacuna-N. Para testar, seguimos um protocolo baseado na demanda de N da cultura de acordo com seu potencial, sincronizando o fornecimento do nutriente com a demanda de N e a fenologia da cultura, realizando aplicações fracionadas de N (tratamento, N-completo) comparado a um tratamento zero-N que forçou a cultura a depender da FBN e NS. Foram conduzidos experimentos em cinco locais do sul do Brasil, com um conjunto de dados com amplo potencial de produtividade PP 2.7 a 7.0 Mg ha-1, grupo de maturação (GM) 5.0 a 6.8 e duração do ciclo (102 a 138 dias). A massa seca acima do solo (MSS) foi coletada ao longo do ciclo para avaliar a taxa de crescimento da cultura (TC) dos dois tratamentos de N. A produtividade de grãos, proteína e óleo e suas concentrações, massa do grão, número de grão e legumes foram mensurados em ambos tratamentos de N na maturidade fisiológica. O conjunto de dados foi separado em três grupos: curto (GM, 5.0 a 5.2); médio (GM, 5.5 a 5.9) e longo (GM, 6.2 a 6.8), doravante assim chamados. Os resultados indicam que quanto menor o ciclo, maior a lacuna-N na produtividade de grãos, GM curto com lacuna-N (18.5%, 0.85 Mg ha-¹), GM médio (3.5%, 0.15 Mg ha-¹) e GM longo lacuna-N próxima de zero contrastando o N-completo menos o zero-N. O GM curto teve a maior resposta quando fertilizado com N versus zero-N, incrementando a TC máxima (3 g m−² d-¹), MSS em R3 (1.1 Mg ha-¹), massa do
grão (16 mg) número de legumes e grãos (14.4% e 13.5%, respectivamente). A produtividades de proteína também incrementou (GM curto, 0.34 Mg ha-¹, GM longo, 0.07 Mg ha-¹) e óleo (GM curto, 0.12 Mg ha-¹). Os resultados indicam (i) a lacuna-N na produtividade de grãos aumenta conforme reduz a duração do ciclo da soja, (ii) o efeito da limitação de N no crescimento da soja e na produtividade de proteína e óleo é maior quanto menor a duração do ciclo, entretanto, quando fertilizada a concentração de proteína incrementa sem reduzir a concentração de óleo para os ciclos longos.
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