Lobby do agronegócio: multinacionais estadunidenses e a agenda do legislativo brasileiro
Resumo
O Complexo agroindustrial brasileiro é composto pelo conjunto de atividades econômicas mais importante para o país, e a agro exportação é um dos pilares de sua inserção internacional historicamente. Grande parte da sua imagem veiculada, tanto nos meios acadêmicos, políticos e de comunicação, trata o agronegócio como o responsável pela geração de riqueza e desenvolvimento no Brasil (MENDONÇA, 2013, p. 25). No entanto, o setor é marcado pelo oligopólio de grandes corporações e há poucas pesquisas que tratam sobre sua influência no processo de tomada de decisão do país. Assim, torna-se necessário analisar como as multinacionais estadunidenses entram no projeto de articulação política do agronegócio brasileiro. A pesquisa guia-se pelo questionamento de como as multinacionais vinculam-se à agenda do agronegócio brasileiro. Esse trabalho visa compreender a influência das multinacionais estrangeiras no lobby do agronegócio. Os objetivos específicos são: (I) Identificar os principais elementos de lobby; (II) Mapear os principais atores do projeto político; e (III) compreender a influência em políticas públicas, através da agenda do legislativo. Para isso, a metodologia utilizada será qualitativa, utilizando-se o método de abordagem hipotético-dedutivo. Parte-se de duas hipóteses principais: (H1) a agenda do agronegócio brasileiro é amplamente influenciada por multinacionais estadunidenses; (H2) essa influência é revertida em um modelo de produção que gera custos à sociedade que o tornam insustentável a longo prazo. Desse modo, é utilizado o método de revisão sistemática da bibliografia para construir a discussão teórica acerca de lobby e dos fundamentos teóricos da pesquisa. Para a parte empírica da pesquisa, é utilizada a metodologia de análise documental e de legislações brasileiras.
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