O ácido hialurônico tem ocupado grande espaço no cenário do mercado da beleza nos últimos três anos. Suas aplicações se relacionam com o setor cosmético e o setor médico, com o objetivo de hidratação e rejuvenescimento da pele, seja por procedimentos estéticos (superficiais e invasivos) ou cirúrgicos. O valor deste mercado representou, em 2021, o equivalente a USD 8,87 bilhões e tem previsão de alcançar uma receita de USD 14,42 bilhões em 2028 (GRAND VIEW RESEARCH, 2021). Inicialmente, apenas a extração a partir da crista do galo era vista como um meio possível para sua obtenção, porém os custos eram muito altos para a quantidade de produto extraída. A partir disso, foram feitas inúmeras pesquisas para o desenvolvimento de rotas biotecnológicas alternativas de produção desse composto. Tendo em vista essa grande oportunidade de explorar e desenvolver métodos de síntese inovadores e sustentáveis objetivando atingir um mercado em crescente expansão, este trabalho propõe o projeto de instalação de uma planta de produção de ácido hialurônico a partir do bagaço do pedúnculo do caju, via rota biotecnológica, utilizando o microrganismo Streptococcus zooepidemicus. A matéria-prima mencionada é um tipo de biomassa e um rejeito advindo da indústria do suco do caju e de pequenos produtores - movimentando a economia local. Dessa forma, utiliza-se um material que seria descartado para geração de um produto de alto valor agregado, assim além de benefícios econômicos, o projeto possui um impacto ecológico positivo. A planta industrial produz mais de 15 toneladas de ácido hialurônico ao ano, sendo necessário o investimento inicial de cerca de R$ 35 milhões - apesar disso, a empresa se torna estavelmente lucrativa a partir do quarto ano. Logo, o projeto em questão é considerado atrativo e viável financeiramente.