Ativismo e representações midiáticas em canais LGBTQIA+ no YouTube: um estudo do canal Tá entendida?
Fecha
2021-02-22Primeiro membro da banca
Lisbôa Filho, Flavi Ferreira
Segundo membro da banca
Sartoretto, Paola Madrid
Metadatos
Mostrar el registro completo del ítemResumen
Nesta dissertação, propomo-nos a investigar como as práticas ativistas, do canal da plataforma YouTube, Tá Entendida?, contribuem na representação midiática de mulheres lésbicas. Na base teórica para subsidiar nossa reflexão analítica, apresentamos noções de ativismo que trazem o entendimento de como ações realizadas em busca de justiça social integram interações cotidianas e midiáticas. Para fundamentar o trabalho, também nos apropriamos da noção de representações, enquanto construções simbólicas socialmente compartilhadas, da discussão sobre os limites de representações midiáticas e da possibilidade de autorrepresentação de grupos minoritários nas mídias. Essas são as noções centrais e sustentam concepções inter-relacionadas que estão presentes nesta pesquisa. De um mapeamento inicial, elegemos o canal Tá Entendida? e, por meio da observação de todos os vídeos publicados no canal entre 2018 e 2020, elencamos quatro grupos temáticos: 1) relacionamentos afetivos; 2) aceitação e vivências de mulheres lésbicas; 3) tags e 4) assuntos diversos. Definimos o grupo temático 2), bem como o mês do orgulho LGBTQIA+ (junho) e o mês da visibilidade lésbica (agosto), dos anos 2018, 2019 e 2020, para o recorte a ser analisado em conformidade com os eixos analíticos. Percebemos necessário o entendimento de como as ações ativistas observadas no conteúdo, na imagem e nas interações que se revelam neste canal podem ressignificar as representações midiáticas dessas mulheres. Os resultados dão conta de explicar que, no canal Tá Entendida?, temos, entre outros aspectos, um ativismo feito por meio de narrativas experienciais em primeira pessoa, que se apoiam em elementos simbólicos e repercutem em interações entre as participantes do canal. Essas interações demonstram identificação com o conteúdo, permitindo que o canal seja apropriado como um espaço de acolhimento para as interlocutoras narrarem também suas experiências. Por meio da autorrepresentação feita por parte das produtoras do canal Tá Entendida?, com conteúdos baseados nas experiências por elas vividas, percebemos a possibilidade de ressignificações na representação midiática para mulheres lésbicas.
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