Mulheres chefes de família e o processo de feminização da pobreza
Resumen
O presente trabalho tem por objetivo analisar o contexto de famílias chefiadas por mulheres que são/foram beneficiárias de programas de transferência de renda, tais como o Programa Bolsa Família – PBF e o Programa Minha Casa Minha Vida – PMCMV, incluídos na Política Nacional de Assistência Social – PNAS, no município de Santa Maria – RS, com vistas a conhecer esta realidade. Para tanto, o estudo é um relato de estágio que formulou-se através de revisão bibliográfica e reflexão das vivências oriundas dos estágios em Serviço Social, realizado no Centro de Referência de Assistência Social – CRAS, localizado no município de Santa Maria - RS. Tais conhecimentos ocorreram por meio das visitas domiciliares, por documentos, como diários de campo, análise institucional e projeto de intervenção. A feminização da pobreza é estruturada de modo que, sozinha, a mulher – acometida por inúmeras desigualdades, devido aos papeis sociais de gênero e ao sistema patriarcal – tem que prover o seu sustento e o de seus filhos e por este processo, tornando-as ainda mais acometidas pela pobreza que o gênero masculino. Observou-se ainda que os programas de transferência de renda mencionados, de mesmo modo que possibilitam a reprodução mínima de condições de vida, atenuam as refrações da questão social, contribuindo para manutenção do status quo. Nesse sentido, além da transferência de renda, faz-se necessário a ampliação de algumas esferas da rede pública para realmente efetivar direitos sociais, essencialmente o acesso ao trabalho e reconhecimento das desigualdades ainda existentes na sociedade, em relação ao gênero feminino e o masculino.
Colecciones
- TCC Serviço Social [193]
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