Democracia e eleições no Brasil: uma análise das eleições presidenciais de 1994 a 2006
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Data
2018-07-17Autor
Oliveira, Lucas da Silveira
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O sistema partidário brasileiro nos apresenta um histórico que chama a atenção pelas alterações que sofreu durante sua história recente, marcada por crises, interrupções, descontinuidade e uma grande dificuldade de consolidação. Os partidos por sua vez, sofreram com esses movimentos durante a história, a falta de um sistema consolidado e a falta de uma identificação, seja ela ideológica ou não, levaram os partidos a se reinventarem a cada crise ou interrupção. Com o presente artigo, chegaremos aos processos eleitorais pós regime militar, que pendurou por mais de vinte anos com o bipartidarismo, para um sistema multipartidário que abriu novamente as portas para emergência de novos partidos dissidentes de ARENA e MDB. Mesmo com o fim do bipartidarismo e o crescimento no número de legendas no Brasil, a emergência de dois partidos fundados na década de 1980, PT e PSDB, hegemonizaram as disputas eleitorais a partir de 1994, depois de um conturbado processo de impeachment contra o primeiro presidente pós regime militar, eleito em 1989 pelo voto direto. A chamada polarização das eleições no Brasil estava consolidada com os dois partidos que surgiram de dissidências do bipartidarismo. Apresenta-se neste artigo um breve resgate histórico do sistema partidário brasileiro, até as motivações que levaram a polarização e as mudanças no eleitorado, nos cenários e contextos eleitorais dos principais representantes dos partidos que dividiram palanques nas ‘Diretas Já’, anos antes, portanto, o objetivo do trabalho é demonstrar que o sistema partidário brasileiro após a sua reorganização depois de um regime bipartidário, se consolidou em 1994 e com a teoria do Neo-Institucionalismo da escolha racional, mostrar que os partidos são centrais nas arenas decisórias do país e para além disso, que o presidencialismo de coalizão reforça a ideia de que a tomada de decisão das instituições partidárias, é pautada pela competição, interesses, interação social, jogos de poder e persuasão.
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