Autorretrato, retrato, outro retrato: um olhar discursivo sobre o prisioneiro da grade de ferro (auto-retratos)
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Fecha
2022-06-21Autor
Fernandes, Andressa Brenner 
Primeiro orientador
Scherer, Amanda Eloina
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Mostrar el registro completo del ítemResumen
O presente estudo, que está ancorado nos pressupostos teórico-metodológicos da Análise de Discurso (AD) de linha francesa e continuidade brasileira, tem como objetivo refletir sobre os processos de subjetivação de sujeitos que se encontram em uma prisão e sobre as posições discursivas que assumem. Para tanto, trabalhamos com recortes do documentário O Prisioneiro da Grade de Ferro (auto-retratos), de direção de Paulo Sacramento, os quais constituem nosso corpus de pesquisa e foram estabelecidos a partir de nosso objetivo. Esse documentário mostra o cotidiano de sujeitos no antigo Complexo Penitenciário do Carandiru, antes de sua desativação e demolição. Discursivamente, compreendemos O Prisioneiro da Grade de Ferro (auto-retratos) como um texto construído pelo que é da ordem também do visual, como uma unidade de análise do discurso, aberta a diferentes possibilidades de leitura que dão a ver o processo de textualização do discurso. Em nosso movimento de análise, observamos um sujeito que, atravessado pela ideologia e pelo inconsciente, se contraidentifica com a formação discursiva que lhe interpela fortemente no Carandiru – enquanto Aparelho Repressivo de Estado que funciona também ideologicamente, assumindo diferentes posições-sujeito e dando a ver o estabelecimento da contradição no interior desse domínio de saber, a emergência de um acontecimento enunciativo, a sua não unicidade e fragmentação. A partir disso, pensamos na forma de subjetivação que entendemos como terceira margem, a qual se refere à heterogeneidade constitutiva da ideologia, da formação discursiva e do sujeito.
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