Micropropagação de Dyckia maritima Baker - Bromeliaceae
Resumo
A espécie Dyckia maritima Baker representa uma alternativa segura entre as bromélias
ornamentais, por não formar receptáculo para retenção de águas pluvias,
consequentemente impossibilitando a proliferação dos mosquitos causadores da malária.
O objetivo principal deste trabalho foi desenvolver um protocolo para propagar in vitro a
espécie D. maritima. Os objetivos específicos foram avaliar os efeitos do nitrato de
amônia na multiplicação e regeneração de gemas laterais, desenvolver um meio de
cultura para a fase de alongamento dos brotos, promover o enraizamento in vitro e
desenvolver um sistema hidropônico para promover uma rápida aclimatização. Plântulas
originadas de sementes após 25 dias foram cultivadas em concentrações iguas de BAP e
AIB (0; 0,5; 1,0 ou 3,0mg L-1), posteriormente com a redução de AIB para 0,1mg L-1, foram
induzidas gemas laterais na base das plântulas. Estas gemas foram multiplicadas sobre a
influência de KIN ou BAP (0; 0,1; 0,22 ou 0,45mg L-1) e regeneradas em brotos, os quais
foram enraizados em 0,1mg L-1 de AIB. Nos explantes constituídos de agrupamentos de
gemas foram testadas as concentrações de nitrato de amônia (0; 0,1; 0,25; 0,5 ou 1,0g L-
1) com a presença ou não de 0,22mg L-1 de KIN. Para o alongamento dos brotos
dispostos em agrupamentos foram testadas concentrações de sais do meio MS (25, 50 e
100%) e concentrações de GA3 (0; 0,1; 0,25; 0,5; 1,0; 2,0; 3,0; 4,0 ou 5,0mg L-1). A
aclimatização foi realizada em um sistema hidropônico tendo como solução nutritiva o
próprio meio MS. As concentrações iguais de BAP e AIB não demonstraram diferenças
significativas em nenhuma das características avaliadas. A KIN foi a citocinina que
proporcionou maior multiplicação e regeneração das gemas em brotos. O nitrato de
amônia sem a presença de 0,22mg L-1 de KIN demonstrou produzir efeitos semelhantes
ao das citocininas. O meio para a fase de alongamento que promove brotos com os
maiores comprimentos é o meio MS com 100% dos sais suplementado com 2,6mg L-1 de
GA3. Foi possível aclimatar a espécie D. maritima após 30 dias com o uso deste sistema
hidropônico, porém com o uso de um substrato foi possível reduzir o percentual de
mortalidade. A fibra de coco utilizada como substrato permitiu a sobrevivência de 80% das
mudas.
Coleções
- Biologia [3]
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