A construção do #elenão: circulação, circuitos e estratégias discursivas
Fecha
2023-04-24Primeiro membro da banca
Gindin, Irene
Segundo membro da banca
Fausto Neto, Antônio
Terceiro membro da banca
Brignol, Liliane Dutra
Quarto membro da banca
Dalmolin, Aline Roes
Metadatos
Mostrar el registro completo del ítemResumen
Parte-se do contexto que as sociedades estão em midiatização (VERÓN, 1997; GOMES, 2017;
FAUSTO NETO, 2008; 2018; BRAGA, 2012, 2017b), processo em curso e, portanto, não
finalizado. Neste cenário de complexas interações sociais, emerge a problemática da circulação
em fluxo sempre adiante e da formação de complexos circuitos comunicacionais (BRAGA,
2012, 2017a, 2017b). Dito isso, a delimitação do tema de pesquisa está circunscrita na
circulação de discursos na mobilização de mulheres #EleNão, movimento que surgiu no grupo
do Facebook Mulheres Unidas Contra Bolsonaro (MUCB) como forma de protesto à
candidatura de Jair Messias Bolsonaro nas eleições presidenciais do ano de 2018, no Brasil.
Entende-se que a construção do #EleNão está no contexto das sociedades em midiatização e
também emerge diante da formação de um complexo ecossistema de plataformas digitais
(VAN DIJCK, POELL & DE WAAL, 2018) e é constituído pelas outras dinâmicas de produção
de sentidos. Assim, tem-se como principais conceitos norteadores, a midiatização, a circulação
e os circuitos comunicacionais. Dessa maneira, investigamos como são construídas as
estratégias discursivas das participantes do #EleNão e que processualidades comunicacionais
são acionadas em circulação. Como desdobramento da questão principal, analisamos a
construção discursiva do #EleNão a partir da circulação de sentidos mobilizados em distintos
fluxos comunicacionais. Já como demandas de ordem específica, descrevemos a
processualidade comunicacional do #EleNão, mapeamos os circuitos comunicacionais
acionados em torno do movimento e identificamos estratégias discursivas construídas pelas
participantes do MUCB e do Mulheres unidas pela Democracia Santa Maria - RS na construção
do ato do dia 29 de setembro de 2018 no Brasil e em Santa Maria (RS). Para isso, propomos
uma construção metodológica composta pelos seguintes movimentos: primeiro, a pesquisa
exploratória para contextualizar o objeto e delimitar o corpus; segundo, o caráter indiciário
(BRAGA, 2008; GINZBURG, 1989; SEBEOK e UMIKER-SEBEOK, 2004) bem como a
análise das estratégias discursivas (VERÓN, 1993; 2004; 2013) para a leitura dos observáveis.
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