Análise da fitoprospecção antibacteriana das espécies Zingiber officinale e Hedychium coronarium
Fecha
2023-03-10Primeiro membro da banca
Soriani, Hilda Hildebrand
Segundo membro da banca
Tiburski Neto, Alexandre
Metadatos
Mostrar el registro completo del ítemResumen
A utilização das plantas com finalidade medicamentosa é uma prática milenar entre distintas
culturas, frente as propriedades fitoquímicas presentes nas espécies vegetais. A partir dos
elementos que compõem as plantas extraem-se substâncias bioativas de interesse farmacológico,
visto que medicamentos à base de produtos naturais podem ser uma proposta alternativa no
tratamento medicinal. Diante desse cenário, esta pesquisa ambiental teve por objetivo avaliar a
sensibilidade bacteriostática dos extratos bioativos, das espécies vegetais: Z. officinale e H.
coronarium, frente à cepa bacteriana da espécie Escherichia coli (E. coli). Para esta finalidade
realizou-se por cromatografia gasosa acoplada à espectrometria de massas (CG – MS), a análise
fitoquímica doa extratos das plantas, em distintas frações de solventes, sendo eles: hexano (HX),
éter etílico (ET), clorofórmio (CL), acetato de etila (AE) e aquoso (AQ), por critério de
polaridade; posteriormente avaliou-se se existe diferenças na composição química dos extratos
de Z. officinale e H. coronarium e a atividade antimicrobiana dos extratos orgânicos através da
técnica de microdiluição em caldo (MIC). No experimento foram utilizadas as seguintes cepas
microbianas: E. coli ATCC 25922 e quatro cepas ambientais (S1, S2, S3, S4), isoladas em estudos
anteriores, e amostras de água do rio Lajeado Pardo, no munícipio de Frederico Westphalen –
RS. Os rendimentos gerais para Z. officinale foi de 22,699% enquanto que para H. coronarium
de 31,276%, a partir das extrações por diferentes solventes, AQ e HX apresentaram os maiores
rendimentos. A CG –MS revelou a presença de quatro fitocompostos nos extratos de H.
coronarium e sete em Z. officinale, sendo pertencentes à classe dos terpenos (voláteis), os
monoterpenos acíclicos, alcalóides, semelhantes em ambas as plantas, com porcentagens
distintas. A atividade antibacteriana foi observada nos extratos HX, ET, CL e AE, nas menores
concentrações frente a E. coli padrão, para ambas as espécies vegetais. Ao passo que nos isolados
obteve-se resultados de concentração inibitória mínima (CIM) nos mesmos extratos de H.
coronarium e Z. officinale, porém elevadas, para CIM perante as cepas ambientais. Já nas
concentrações letais mínimas (CLM) se obteve resultados com os extratos, frente a cepas de E.
coli, porém não foi o almejado, entre as cepas ambientais. No entanto houveram resultados
significativos para CLM, nos extratos de H. coronarium, sobre os evidenciados em Z. officinale,
nas maiores concentrações testadas, frente a cepa E. coli ATCC. Os extratos aquosos de ambas
as espécies vegetais foram inexpressivos para ação bacteriostática, por exemplo das
concentrações testadas. Coletivamente, este estudo sugestiona que a partir da análise
cromatográfica de H. coronarium e Z. officinale houve equidade entre os fitocompostos
revelados nas espécies vegetais, sendo os resultados mais satisfatórios do experimento, evidentes
nas frações apolares HX, ET, CL e AE, frente a E. coli padrão, ao passo que as cepas ambientais
apresentaram maior resistência aos extratos orgânicos testados. A espécie Z. officinale apresentou
CIM significativa, frente a cepa ambiental S3, destacando-se a potencialidade desta planta versus
a cepa bacteriana E. coli.
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