Compatibilidade de microrganismos em campo e in vitro na promoção de crescimento e no manejo de doenças em soja
Visualizar/ Abrir
Data
2023-08-04Primeiro membro da banca
Fipke, Glauber Monçon
Segundo membro da banca
Jacques, Rodrigo Josemar Seminoti
Metadata
Mostrar registro completoResumo
A utilização de microrganismos benéficos para as plantas tem se provado uma alternativa
ambientalmente sustentável e economicamente rentável. Contudo, o emprego de múltiplos
microrganismos em sulco de semeadura e a sua aplicação em conjunto com fungicidas em
calda de pulverização no manejo de doenças são questões não completamente esclarecidas
pela literatura. Dessa forma, objetivou-se com essa pesquisa avaliar a possibilidade de
combinar diferentes microrganismos no sulco de semeadura da soja e misturar bactérias com
fungicidas em calda para pulverização para o controle de doenças em soja. Para isto, foram
realizados três experimentos. O primeiro experimento foi conduzido a campo com diferentes
combinações de inoculação e coinoculação em sulco de semeadura, utilizando os seguintes
microrganismos Bradyrhizobium japonicum, Azospirillum brasilense, Pseudomonas
fluorescens e Trichoderma asperelloides.O segundo experimento foi realizado em laboratório
a fim de avaliar in vitro a sobrevivência de Bacillus subtilis e Pseudomonas fluorescens
quando expostas a diferentes fungicidas, simulando uma calda de pulverização, através da
mistura de uma bactéria e um produto formulado. O terceiro experimento também foi
realizado à campo, testando diferentes manejos foliares no controle de antracnose
(Colletotrichum truncatum) envolvendo aplicações de produtos químicos e das bactérias
Bacillus subtilis e Pseudomonas fluorescens, e mistura de ambos em calda de pulverizção.
No primeiro experimento as variáveis avaliadas foram: número de nódulos, massa seca dos
nódulos, área superficial das raízes, volume e comprimento das raízes, produtividade de
grãos, massa de mil grãos e percentual de cobertura do solo. No segundo experimento
avaliou-se a sobrevivência das bactérias através da contagem de unidades formadoras de
colônia. No terceiro experimento foram avaliados: percentual de incidência de antracnose nos
pecíolos, percentual de desfolha, produtividade de grãos e massa de mil grãos. Nas condições
testadas, em que houve restrição hídrica, a utilização de microrganismos em sulco de
semeadura não gerou ganhos de produtivade em relação a testemunha não inoculada. Foram
encontradas diferentes respostas na sobrevivência de B. subtilis e P. fluorescens de acordo
com o principio ativo utilizado, sendo que para B. subtilis houve redução na sobrevivência
para os princípios ativos mancozebe, difenoconazol, picoxistrobina + benzovindiflupir e
impirfluxam + tebuconazol, enquanto que para P. fluorescens houve redução na sobrevivência
para todos os fungicidadas testados. Contudo, o manejo biológico envolvendo ambas as
bactérias apresentaram efeito estatisticamente igual ao manejo químico no controle de
antracnose e na produtivade da cultura da soja, sendo o manejo biológico com ambas uma
opção no controle de doenças.
Coleções
Os arquivos de licença a seguir estão associados a este item: