Identificação molecular e antibiograma de Salmonella enterica encontrada em microbacia no noroeste do Rio Grande do Sul
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Data
2023-09-29Primeiro coorientador
Rosa, Genesio Mário da
Primeiro membro da banca
Costa Junior, Jefferson
Segundo membro da banca
Tiburski Neto, Alexandre
Metadata
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A qualidade dos recursos hídricos utilizados para a agricultura, o consumo humano, a
cadeia produtiva e no processamento e higienização dos alimentos, desempenham um importante papel na disseminação de doenças, principalmente aquelas associadas à presença de contaminantes como coliformes termotolerantes e Salmonella sp. A presença de Salmonella nas
águas de rios e mananciais, pode levar a graves problemas de contaminação alimentícia, podendo provocar surtos de salmonelose e infecções associadas ao seu gênero. Outra preocupação
é a resistência microbiana, relacionada a diminuição da sensibilidade da cepa frente a um agente
antimicrobiano, acarretando em infecções severas e de difícil tratamento e controle. Em virtude
de todos esses fatores, o presente trabalho teve como objetivo a verificação da existência do
patógeno Salmonella enterica na microbacia do Lajeado do Pardo na zona rural do município
de Frederico Westphalen, localizado na região noroeste do Estado do Rio Grande do Sul. As
coletas de amostras de água foram realizadas em cinco pontos distintos ao longo do curso do
Lajeado do Pardo, as amostras foram analisadas no Laboratório de Águas da Universidade Federal de Santa Maria – Campus FW sendo verificadas a presença de coliformes totais e E. coli
utilizando o método do teste Colilert®. As cepas de Salmonella enterica foram isoladas com a
metodologia ABNT NBR ISO 6579-1 modificada e a identificação ocorreu através da técnica
de PCR usando primers SE Inv. A resistência aos antimicrobianos foi verificada nas cepas ambientais encontradas, através do método de disco-difusão para os antibióticos: AMP (ampicilina) 10 µg/mL, CLO (clorofenicol) 30 µg/mL, GEN (gentamicina) 10 µg/mL, CIP (ciprofloxacina) 5 µg/mL e AMC (amoxicilina/ácido clavulânico) 30 µg/mL. Os resultados obtidos foram
positivos para coliformes, E. coli e para Salmonella enterica em todos os cinco pontos de coleta.
Todas as cepas de Salmonella enterica avaliadas apresentaram resistência ao antibiótico AMP
e 60% das cepas de S. enterica apresentaram resistência ao antibiótico AMC. Em relação aos
demais antibióticos testados (CLO, CIP e GEN) as cepas de S. enterica foram suscetíveis.
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