A escala labirinto no diagnóstico diferencial entre transtorno do espectro autista e transtorno de linguagem na faixa etária de 2 a 4 anos
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Data
2023-07-25Primeiro coorientador
Pondé, Milena Pereira
Primeiro membro da banca
Prando, Mirella Liberatore
Segundo membro da banca
Simoni, Simone Nicolini de
Metadata
Mostrar registro completoResumo
Este estudo teve como objetivo analisar a contribuição da Escala Labirinto na realização do diagnóstico diferencial de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e Transtorno de Linguagem (TL) com idades entre 2 e 4 anos. A Escala Labirinto foi aplicada em 38 crianças com diagnóstico clínico fonoaudiológico de TL, 48 crianças com diagnóstico médico de TEA e 28 com desenvolvimento típico (DT). As avaliações do grupo DT e grupo TEA foram provenientes de banco de dados do grupo de pesquisa Labirinto. A composição do grupo TL teve como critério de inclusão crianças na faixa etária de dois a quatro anos, com atraso nos domínios de comunicação e linguagem receptiva e/ou expressiva, diagnosticados pelos fonoaudiólogos e com comprovação pelo Inventário Dimensional de Avaliação do Desenvolvimento Infantil (IDADI). Essas crianças estavam em processo terapêutico com diagnóstico de TL em clínicas particulares e clínicas-escola ou na fila de espera de clínicas-escola, com queixa de atraso de linguagem, nas cidades de Santa Maria, Porto Alegre, Farroupilha, Rio Grande e Bagé (RS). Após assinarem o termo de consentimento livre e esclarecido, os responsáveis preencheram o questionário IDADI e a anamnese da Escala Labirinto de forma on-line ou impressa, e foram consultados para complementações na entrevista quando necessário. Os procedimentos que compõem a avaliação a Escala Labirinto foram aplicados com as crianças, na presença dos responsáveis, em sala individual. A análise dos vídeos e a tabulação de dados foram realizadas pela pesquisadora e orientadora deste estudo. A análise estatística foi realizada por meio do software JASP, versão 0.15. Para comparar a pontuação entre os grupos, foi utilizado o teste ANOVA one-way. Também foi utilizado o teste Post Hoc Scheffe. A pontuação da Escala Labirinto permitiu diferenciar os grupos TL e TEA nas subescalas de Interação Social, Comunicação Verbal e Não Verbal, e Comportamento Rígido e Gesto Repetitivo. A maior diferença significativa entre o grupo TEA e TL é na subescala de Comunicação Não Verbal. A escala demonstrou diferença significativa entre os grupos DT e TL nas subescalas de Comunicação Verbal e Não Verbal, e Comportamento Rígido e Gesto Repetitivo. Esses resultados evidenciam que a Escala Labirinto apresenta especificidade para realização do diagnóstico entre TEA, TL e DT, apresentando-se como um instrumento efetivo para auxiliar os profissionais a realizarem diagnóstico diferencial na clínica da infância.
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