Aplicação de porfirinas tetra-catiônicas para fotoinativação de Candida albicans no tratamento de onicomicose
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Data
2023-12-18Primeiro coorientador
Santos, Roberto Christ Vianna dos
Primeiro membro da banca
Stopiglia, Cheila Denise Ottonelli
Segundo membro da banca
Cargnelutti, Juliana Felipetto
Terceiro membro da banca
Soares, Daniela Fernandes Ramos
Quarto membro da banca
Anton, Ana Rita Sokolonski
Metadata
Mostrar registro completoResumo
A onicomicose é uma das infecções fúngicas mais prevalentes entre os distúrbios de unhas. Fungos dermatófitos são os principais agentes causadores, porém leveduras do gênero Candida são patógenos emergentes associados a essas infecções. Espécies do gênero Candida são constituintes naturais da microbiota humana, mas comportam-se como patógenos oportunistas na presença de alterações homeostáticas do organismo, causando infecções. Além disso, esses fungos são capazes de formar biofilme, produzindo uma matriz polimérica extracelular que se adere fortemente à superfície sólida, conferindo proteção a população microbiana. Os tratamentos usuais para onicomicose restringem-se ao uso de agentes antifúngicos de administração oral e tópica. Porém, o longo período do tratamento e os efeitos indesejáveis dificultam a adesão à terapia, podendo tornar a doença recorrente. Nesse contexto, a fotoinativação de micro-organismos é uma terapia alternativa, que utiliza um composto fotossensível ativado (fotossensibilizador), capaz de produzir espécies reativas, induzindo a morte celular. As porfirinas meso-tetra-substituídas são relatadas como bons fotossensibilizadores, devido sua eficácia na fotoinativação. O objetivo desse estudo foi avaliar, pela primeira vez, o potencial antifúngico e antibiofilme da aplicação de porfirinas tetra-catiônicas na fotoinativação de C. albicans, visando o tratamento de onicomicoses. A concentração inibitória e fungicida mínina das porfirinas 3PtTPyP e 4PtTPyp e 3H2TPyP e 4H2TPyP foi avaliada e os resultados demonstraram eficácia maior da porfirina 3PtTPyP contra os isolados testados sob irradiação sendo o composto de escolha para os próximos testes. A curva de viabilidade celular demonstrou que ocorreu a inibição de C. albicans ATCC 14053 em 60 minutos e de C. albicans ATCC SC5314 em apenas 30 minutos de exposição à luz. O possível mecanismo de fotooxidação foi misto com produção de espécies radicalares hidroperoxil e oxigênio singleto. O ensaio de associação entre porfirina e antifúngicos convencionais demonstrou atividade indiferente. Foram formados biofilmes de C. albicans in vitro e em modelo ex vivo de unhas e após tratamento com 3PtTPyP as diferentes concentrações testadas foram capazes de destruir de forma significativa o biofilme quando comparado ao controle positivo. A Microscopia de Força Atômica (MFA) mostrou os danos causados na morfologia, estrutura e adesão celular após tratamento com fotossensibilizador. Os ensaios de citotoxicidade não evidenciaram potencial tóxico às células de queratinócitos e fibroblastos sendo as concentrações testadas seguras para uso na TFD. Este estudo revelou que a TFD utilizando porfirinas contendo complexos periféricos de Pt(II) pode ser um promissor candidato como tratamento alternativo contra infecções fúngicas de onicomicose.
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