A resistência dos Jerivás: criar refúgio com a permacultura, em uma paisagem rural em Agudo-RS
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Date
2024-02-19Primeiro membro da banca
Tavares, Fátima Regina Gomes
Segundo membro da banca
Silva, Fernando Silva e
Metadata
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A urgência da crise climática e socioambiental de nosso tempo, frequentemente associada à
nova época geológica do Antropoceno, nos confronta pela primeira vez com a ameaça à
habitabilidade global. O ritmo sem precedentes dessas mudanças desafia nossa capacidade
de resposta política. Nesse cenário, os “refúgios” surgem como locais de interesse,
possibilitando a renovação da diversidade cultural e biológica após perturbações
significativas. Esta pesquisa teve como objetivo compreender as complexas dinâmicas
relacionadas à criação de habitabilidade em uma paisagem rural em Agudo-RS, a Estação
de Permacultura Jerivá. O estudo buscou entender como práticas de cuidado, permeadas
pela ética da permacultura, e a interdependência entre humanos e não humanos nesta
paisagem influenciam a formação de um refúgio. Através de uma etnografia situada, foi
possível desenvolver uma narrativa que evidencia encontros multiespécies e possíveis
alianças entre as diferenças, criando manchas de habitabilidade multiespécies em uma
paisagem arruinada pela lógica econômica simplificadora e predatória da plantation. As
potenciais contribuições teóricas e práticas desta pesquisa apontam para a necessidade de
desaceleração e práticas de atenção, tanto em relação aos processos da pesquisa científica,
quanto às práticas cotidianas que moldam o mundo no qual vivemos.
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