Composição da cera cuticular e qualidade de maçãs ‘Royal Gala’ submetidas à aplicação pós-colheita de vapor de etanol
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Data
2023-12-21Primeiro membro da banca
Thewes, Fabio Rodrigo
Segundo membro da banca
Klein, Bruna
Metadata
Mostrar registro completoResumo
A maçã é uma das frutas mais cultivadas e consumidas globalmente, sendo que a
totalidade do volume produzido não é utilizado de imediato. Dessa maneira, é
necessário um armazenamento eficiente para preservar a qualidade dos produtos e
que reduza perdas. O armazenamento em atmosfera controlada (AC) é amplamente
utilizado, juntamente com inibidores da ação do etileno, como o 1-MCP, para garantir
a qualidade do produto. Outras técnicas vêm sendo pesquisadas, como a utilização
do etanol, um composto natural que tem ganhado interesse como uma alternativa ao
1-MCP, sendo uma técnica simples, de baixo custo e com poucos efeitos negativos.
Um dos aspectos relevantes são os estudos referentes ao tecido que recobre os
vegetais, já que essa superfície promove a interface entre o fruto e o ambiente. Ainda,
o processo de decisão de compra pelos consumidores passa por aspectos sensoriais,
e uma boa aceitação relaciona-se com as características visuais apresentadas pela
casca. A cutícula afeta a qualidade pós-colheita das maçãs, destacando sua
composição e alterações durante o armazenamento. No entanto, o impacto do vapor
de etanol na bioquímica da cutícula ainda é pouco explorado, o que motiva a
investigação dos seus efeitos para melhor compreender seu papel na qualidade e vida
útil das maçãs expostas em temperatura ambiente. Objetivou-se com este trabalho
avaliar a qualidade e os componentes da cera cuticular de maçãs ‘Royal Gala’
submetidas a diferentes doses de vapor de etanol durante sua exposição à
temperatura ambiente por 14 dias, simulando a vida de prateleira estendida. O
experimento foi conduzido em um delineamento inteiramente casualisado. Os
tratamentos combinaram a aplicação de diferentes doses de vapor de etanol, incluindo
o controle (1) foram: (2) 200 μL L-1; (3) 400 μL L-1; (4) 600 μL L-1; e (5) 1000 μL L-1.
Nos parâmetros de respiração, o vapor de etanol não exerceu influência, entretanto,
para a produção de etileno, as doses de 200 μL L-1 a 600 μL-1 obtiveram redução de
sua produção até o 4° dia de vida útil. A dose de vapor de etanol de 400 μL L-1
proporcionou a maçã 'Royal Gala' maior manutenção da firmeza da polpa, redução na
ocorrência de degenerescência da polpa e incidência de podridões. Já a maior dose
de vapor de etanol proporcionou menor atividade da ACC oxidase e maior quantidade
interna de etanol. O conteúdo de cera cuticular das maçãs parece não ter sido afetado
pelo tratamento com vapor de etanol, entretanto, requer inquirição. Do total de 39
componentes da cera identificados, a dose de 400 μL L-1 de vapor de etanol foi a mais
eficiente para manter o quantitativo de ácidos graxos. Não houve impacto significativo
do tratamento com vapor de etanol nos demais compostos.
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